Com um esclarecimento sobre a função de vereador, também como orientação aos “novatos”, o presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, vereador Prof. João Rocha, utilizou a Tribuna, durante a sessão de hoje (24), para fazer uma reflexão sobre o exercício parlamentar. Segundo ele, é preciso ter responsabilidade no cargo e respeitar opiniões diferentes. Nos apartes apenas dois vereadores (Dr. Loester e Vinicius Siqueira) defenderam a ação do vereador André Salineiro (1º mandato) que na sessão anterior, da quinta-feira (19), este se revoltou com a rejeição do pacote anticorrupção de sua autoria e rasgou o projeto proferindo o que a maioria dos parlamentares considerou desrespeitoso. Em tempo, a justificativa da Comissão Permanente de Legislação, Justiça e Redação Final foi reforçada por juristas que considerou inconstitucional e ilegal , principalmente remunerar delatores com o próprio dinheiro desviado.
Para Rocha é preciso pesar as palavras. “O que dizemos repercute rapidamente, de certo e errado, de bom e ruim. Precisamos ter responsabilidade no exercício do mandato. Não podemos perder o viés do coletivo, o viés da unidade entre vereadores, com liberdade de expressar pensamentos. Aqui, prevalece a maioria e precisamos entender o contraditório. Nem sempre vamos ser contemplados”, analisou.
Com mais de 100 anos de história, a Câmara Municipal reuniu grandes personalidades, eleitas para representar o povo em prol do bem-estar e da qualidade de vida da população, pensando no melhor para a sociedade campo-grandense. Desde 2013, a Casa passou a contar com 29 cadeiras, tornando-se mais plural e representativa do que nunca, com partidos das mais diversas vertentes políticas.
“Cada um de nós, homens e mulheres, precisamos entender que este mandato não é nosso. Apenas estamos aqui exercendo uma função delegada pelos cidadãos dessa cidade. Não podemos perder de vista homens e mulheres que souberam honrar o parlamento, como Plínio Barbosa, Marisa Serrano e Juvêncio César da Fonseca”, continuou.
Rocha ainda recomendou cautela aos parlamentares que confundem suas profissões com a atividade parlamentar. “Quando somos escolhidos, alguém entendeu que merecemos essa confiança. Não podemos ter vergonha, temos que honrar essa confiança. Não podemos misturar profissão lá fora com o que temos aqui nesta Casa. Não somos professores ou policiais. Essa experiência nos calça para fazer um bom mandato. Não podemos nos vestir de vereador e vir nesta Casa fazer outro papel”, sugeriu. (Rafael Belo com CMCG)