Ao menos quatro novatos têm vagas na Assembleia em 2023

Deputados
Foto: Divulgação

De 24 deputados, alguns não disputam reeleição e abrem o caminho

Por Rayani Santa Cruz – Jornal O Estado

Ao menos quatro novatos que concorrem ao cargo de deputado estadual nas eleições deste ano devem entrar na Assembleia Legislativa em 2023 com as saídas de deputados este ano. Entre os que não concorrem à reeleição estão os deputados Capitão Contar (PRTB), Barbosinha (PP), Felipe Orro (PSD) e Eduardo Rocha (MDB). São 24 cadeiras no Legislativo e a maioria dos parlamentares que já estão em mandato busca retornar ao cargo.

O Capitão Contar deixa o Legislativo e concorre ao cargo de governador de Mato Grosso do Sul, em chapa pura com o empresário Humberto Figueiró. O PRTB é considerado um partido nanico, mas Contar tem apoio de boa parte do eleitorado conservador e da direita no Estado. O PRTB coligou com o Avante e ambos somam o tempo de TV e rádio nas propagandas de mídia tradicional.

O Avante aposta no promotor Sergio Harfouche como um puxador de votos ao cargo de deputado federal, e Contar aprova a coligação. Segundo ele, a parceria entre as siglas representa a mudança que a população sul-mato-grossense espera em 2022.

“Eu sempre afirmei que nós somente iríamos nos coligar com pessoas que fossem agregar forças e valores e jamais dividir. O Harfouche sempre esteve no nosso radar como uma possível aliança sadia, positiva. Como presidente do PRTB em Mato Grosso do Sul, recebo com muita alegria e satisfação esse apoio. Nós representamos a mudança de verdade! Que vai trazer renovação e esperança, numa parceria que condiz com o que a população espera da gente.”

Já o deputado Barbosinha foi eleito para o cargo em 2014. Em 2016, a convite do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), ele ocupou a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), onde ficou por um ano e oito meses. Posteriormente, em 2018, foi eleito novamente e voltou à Assembleia Legislativa para um segundo mandato pelo antigo DEM.

O deputado mudou para o PP após o DEM se fundir ao PSL e virar o União Brasil. Agora, ele tenta mudar sua trajetória política disputando o cargo de vice- -governador, ao lado de Eduardo Riedel, do PSDB.

Barbosinha está confiante na vitória e pondera que tem capacidade de gestão e uma história de serviços prestados ao Estado. Além disso, é uma liderança da Grande Dourados, o que angaria uma boa parcela de votos à chapa.

“Soldado não foge à luta. Estou animado e confiante. Atendo a região da grande Dourados, segundo maior colégio eleitoral do Estado. E não tenho dúvidas de que a partir de agora, sob o comando desse grande condutor Eduardo Riedel, faremos um Mato Grosso do Sul muito maior e muito melhor”, disse Barbosinha, que foi indicado ao posto pela candidata ao Senado Tereza Cristina (PP).

O deputado Felipe Orro era do PSDB e saiu da sigla em março deste ano, na abertura de janela partidária, migrando ao PSD. Ele afirma que vai se dedicar à campanha da esposa, Viviane Orro, que é candidata a vice-governadora com Marquinhos Trad.

O deputado licenciado Eduardo Rocha, do MDB, está no cargo de secretário de Governo, a convite do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), e decidiu não disputar eleição este ano.

Após o aceite em entrar para a gestão na época, em que o MDB lança André Puccinelli a governador, alguns integrantes do partido passaram a enxergá-lo de forma diferente e até a palavra “traição” foi dita entre os bastidores. Rocha é marido da senadora Simone Tebet, que concorre a presidente da República.

Tentam reeleição os deputados: Amarildo Cruz e Pedro Kemp do PT; Coronel David, João Henrique Catan e Neno Razuk do PL; Herculano Borges e Antonio Vaz do Republicanos; Mara Caseiro, Paulo Corrêa, Zé Teixeira e Jamilson Name do PSDB; Professor Rinaldo pelo Podemos; Paulo Duarte do PSB; Marçal Filho, Londres Machado e Gerson Claro pelo Progressistas; Renato Câmara e Marcio Fernandes pelo MDB; Lucas de Lima pelo PDT e Lidio Lopes pelo Patriota.

Claro que não é possível prever se todos os deputados que tentam a reeleição serão eleitos, mas o fato é que os postulantes terão quatro políticos com experiência de mandato a menos para concorrer ao cargo no Legislativo.

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