Ao menos 12 radialistas pretendem vaga no Legislativo na Capital

Os pré-candidatos com programas de rádio e TV tiveram de sair do ar desde segunda-feira

Ontem (11), já não era possível para radialistas, comentaristas e apresentadores de televisão que concorrem a um cargo eletivo nas eleições municipais de 2020 estarem no ar. O prazo era até a segunda-feira (10). Campo Grande sempre elegeu comunicadores, principalmente radialistas. Desta vez, o Legislativo tem uma classe ainda mais dividida que pode dificultar emplacar um comunicador, porém não há nenhum concorrendo à sucessão à prefeitura. Além dos eleitos, há cerca de nove pré-candidatos a vereador deste ramo, que somam ao todo 12 pré-candidatos.

Os vereadores radialistas que se afastaram recentemente, no sábado (8) foram: Dharleng Campos (MDB), que confirmou a apresentação do seu último programa no fim de semana. “Para mim tudo bem. Temos que respeitar as regras, as leis sempre. Estamos aí. Continuo no mandato. Estou trabalhando, percorrendo os bairros e participando das sessões remotas da Câmara”. Chiquinho Telles (PSD), se afastou da FM Moreninhas, da Tempos FM no sábado e, no domingo (9), da Difusora Pantanal FM. Ele só trabalha aos fins de semana nas rádios. “Não acho muito justa a legislação, porque médicos não têm que se afastar, advogados e outras funções também não. Mas a lei está aí e vamos obedecer”, afirmou. Para ele é triste se afastar porque a função é para quem gosta, não é para quem quer ganhar dinheiro.

A assessoria do vereador Cazuza (PP) informou que ele se afastou no último domingo (9). Os pré-candidatos a vereadores que também se afastaram no último domingo (9) foram Irwing Ferreira (Podemos), que vai continuar a pré-campanha por meio virtual, com um banco de dados e conversando com os ouvintes nas mídias sociais. João Bosco (SD) também cumpriu a lei e acredita que a mesma é trágica.“Deus nos deu esta profissão tão digna e nós não tivemos culpa disso, apenas cumprimos nosso dever profissional. Tirar por três meses é muito tempo. Se fosse um mês, um mês e meio ainda poderia dizer tudo bem. O médico político continua atendendo de graça. Porém, temos que cumprir a lei, estamos cumprindo e o público sabe que somos pré-candidatos. Ainda bem que tem as mídias sociais”.

O pré-candidato a vereador, Ricardo Ortiz (SD), se afastou no fim de semana e acredita que com profissionalismo e responsabilidade, o distanciamento dos fãs e ouvintes não fica tão ruim. “Mas a legislação é justa e trata de forma igualitária. Estamos respeitando a lei.. As pessoas que nos conhecem pelo rádio sabem do nosso trabalho e da nossa responsabilidade social”. Colega de partido, Karina Ketty (SD) entregou a desincompatibilização na segunda-feira (10). “Na terça-feira (11) já não pude mais entrar no ar. Claro que o fato de estar no ar faz você ser mais conhecida, mas de um modo geral. Profissionais da comunicação não devem e não podem falar tudo que pensam”,destacou.

Do partido do prefeito Marquinhos Trad (PSD), Jean Potência já tinha saído do ar antes do sábado (8). “Já estava desligado do rádio para começar na segunda-feira (10) na nova etapa. Desligar do rádio para mim não foi uma surpresa, porque me preparei para esse momento há muitos anos e tenho certeza que logo voltarei e é para uma boa causa”, explicou.

Do PP, o pré-candidato a vereador Rodrigo Moraes, conhecido como Rodrigo Locutor, se afastou há um ano para se dedicar a ações sociais, eventos e administrar sua associação. Não voltou a rádio pela falta de tempo e porque a pandemia afastou seus patrocinadores. Do DEM, Silvio Pitu, saiu da programação no domingo (9). Ele acredita ser correta a legislação de modo geral, e que cumprir é mais importante.

Não conseguimos contato com a pré-candidata a vereadora Jô Jara (PSB) nem com o pré-candidato a vereador pelo Podemos, Ribeiro (do Ciclo Ribeiro).

(Texto: Rafael Belo/Publicado por João Fernandes)

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