Ano eleitoral inicia com quadro incompleto na disputa das urnas

Urnas eletrônicas
Foto: Valentin Manieri/Arquivo OEMS

O ano eleitoral começa e também os jogos rumo as campanhas para a majoritária, disputas de cargos diversos e reeleições em Mato Grosso do Sul. O quadro de postulantes ao governo conta, por enquanto, com ao menos oito pré-candidatos, na Assembleia Legislativa, a maioria tenta a reeleição, assim como a maioria dos deputados federais. Postulantes ao Senado surgem na corrida à única vaga, enquanto mais de uma dezena vereadores de Campo Grande também pretendem se candidatar.

O prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad (PSD) deve renunciar ao cargo para tentar disputar o governo e há chances de renúncia do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), que afirmou ao Jornal O Estado, que decide até março se sai do cargo para tentar vaga a deputado federal ou ao Senado.

Se for oficializado, ambos devem deixar os cargos até 2 de abril, data para que presidente, governadores e prefeitos devem renunciar, caso pretendam concorrer a outros cargos (a candidatura à reeleição não exige renúncia). Com a saída de Marquinhos, o Executivo ficará a cargo da vice Adriane Lopes (Patriota). No caso de Azambuja, quem assume é o vice Murilo Zauith (DEM).

Quadro para governo

Hoje, ao menos oito políticos divulgam a vontade de disputar o governo, e os nomes que se destacam e vão formando o quadro para eleições em 2022 são: André Puccinelli (MDB), Marquinhos Trad (PSD), Eduardo Riedel (PSDB), Zeca do PT e Rose Modesto (PSDB), que deve sair do ninho tucano com grande chances de concorrer. Os cinco políticos são os nomes mais citados entre os eleitores, segundo pesquisa do Instituto Ranking divulgada em 20 de dezembro. Por enquanto, o ex-governador André sai na frente em todos os cenários estimulados e na espontânea com percentuais que vão de 21%, a 33%.

Pré-candidato pelo PSDB, Eduardo Riedel afirmou durante coletiva de imprensa que apesar de ter a consciência de que nunca esteve numa carreira política, ou participando de pleito eleitoral, tem plenas condições de disputa, pois “sempre esteve participando e discutindo política no Estado”.

“Todo mundo que está colocando o nome à disposição tem uma vida na política. Agora, ação política a gente faz todos os dias. Política vamos debater esse ano quando eu sair do governo. Os aliados que quiserem participar desse projeto serão muito bem-vindos para a gente construir. Temos de continuar aquilo que deu certo e corrigir aquilo que não está bem e é preciso ter senso crítico”.

O prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad (PSD), também está disposto a aceitar alianças políticas, desde que não seja imposto troca de cargos políticos ou arranjos. “Apoio político eu aceito, e se quiserem apoiar uma eventual candidatura nossa ao governo e entenderem que no nosso projeto terá que colaborar com o estilo que implantamos em Campo Grande”.

O emedebista André Puccinelli disse ao Jornal O Estado que acredita que o quadro é bom para disputar em 2022 e que as pesquisas vão indicar quem é forte. “Agora, da nossa parte vamos debater ideias. Vamos dizer o que fizemos, nosso trabalho e experiência e o que pretendemos. Vamos mostrar nosso plano de governo e pelo momento que estamos vivendo, o que deve ser feito. Não vamos entrar em briga pessoal porque isso não está certo. O povo quer saber o que você vai fazer no bairro, nos municípios e de interesse para a população. Nós vamos ouvir as pessoas para saber quais são os pensamentos e mesclar com as nossas ideias. Quem não ouvir a população vai se ralar”.

A deputada Rose Modesto do PSDB afirmou que só concorre a governo, caso pesquisas demonstrem boas condições. Rose vai sair do PSDB em 2022 na janela partidária, e por enquanto, o Podemos é a legenda provável. “Essa decisão não é sozinha. As pesquisas vão direcionar e o meu nome tem sido lembrado na disputa majoritária. E no momento certo vamos tomar a decisão”, disse Rose, destacando também que se sente preparada para qualquer desafio, desde que a ação final seja tomada ouvindo a população.

Sobre Zeca do PT, o presidente do partido, Vladimir Ferreira afirmou que a intenção maior do partido em 2022 é encabeçar o palanque pró Lula, e onde isso não for possível, alternativas terão que ser articuladas. “Com Lula liderando as pesquisas, também aqui no Estado, é natural que uma candidatura com força eleitoral e política como a de Zeca do PT cresça e possa disputar a ida para o segundo turno. E indo para o segundo turno temos grandes chances de retomarmos o comando do Estado”.

O deputado estadual João Henrique Catan (PL), também concorre. “Creio que nos tornaremos o maior partido e a sustentação do País. Estamos nos reunindo com nossas bases do partido, e com as pessoas que querem participar da campanha de 2022”.

Marcelo Bluma do PV vai enfrentar o pleito. “Sou pré-candidato do PV ao Governo do Estado e neste momento estou percorrendo os municípios, montando a chapa de candidatos a deputados estaduais e deputados federais do PV. Vamos seguir nessa agenda até o mês de março. Após essa data vamos começar os contatos com as outras legendas”.

O vereador professor André do Rede explicou que está com a tratativa dentro do partido, que conta como integrante o ex-vereador Eduardo Romero, que está na Secretaria de Cultura. O vereador afirma que está preparado para a campanha em 2022 e que vai trabalhar de maneira diferente com produtividade e mídias sociais.

“A minha única predisposição é ser pré-candidato ao governo. O partido está muito focado e a gente está construindo os nomes para deputado federal e estadual. A gente acredita que tenhamos muita possibilidade para estadual. Temos uma dimensão muito voltada para o governo principalmente pela falta de opção, ou seja, são candidatos antigos e que fazem a velha política. O meu foco é somente ser pré-candidato a governador”.

Disputa reeleição

A maioria dos deputados estaduais e federais que disputam reeleição em 2022. Pela Assembleia Legislativa, 23 dos 24 deputados já confirmam campanha à reeleição. O único a tentar cargo novo é João Henrique que vai a governo.

O deputado estadual Barbosinha (DEM) afirmou ao Jornal O Estado que tenta reeleição para terceiro mandato e que avalia se permanece no DEM, já que o partido vai se transformar em União Brasil a partir de fusão com o PSL.

“Primeiro eu preciso ter as definições do TSE sobre a fusão e os rumos do partido no nosso Estado. Só vou definir a minha direção de permanecer ou não no partido, ouvindo a ministra Tereza Cristina, e juntos buscar o melhor caminho e melhor situação partidária. O nosso desejo é permanecer onde estamos, mas isso vai depender muito da definição do União Brasil no Estado”, disse Barbosinha.

O deputado Coronel David (sem partido) que migra para o PL e confirma que vai à reeleição. “Sou candidato à reeleição”.

O deputado Antônio Vaz (Republicanos) também afirmou ao Jornal O Estado que concorre à reeleição pelo partido. “Sou um representante da bancada evangélica e conservadora. Se Deus quiser vou pra reeleição de deputado estadual e sem dúvidas no partido Republicanos no qual estou desde o início”.

O deputado Lucas de Lima sai do Solidariedade, e tenta mais quatro anos na Alems. “Concorro à reeleição a deputado estadual”.

Em relação à Câmara Federal, disputam a reeleição seis dos oito representantes de MS, já que Rose Modesto está praticamente escalada para enfrentar o governo e a suplente Bia Cavassa (PSDB) que ocupa cadeira de Tereza Cristina não fala sobre o tema. Confirmaram ao Jornal O Estado a disputa pela reeleição os deputados Vander Loubet (PT), Dagoberto Nogueira (PDT), Fábio Trad (PSD), Beto Pereira (PSDB) e Luiz Ovando (PSL). O deputado Loester Trutis (PSL) vem declarando na rede social que tenta reeleição, mas que muda de partido.

Ovando salientou que também agora em janeiro decide qual partido vai migrar. “A única certeza que tenho é que irei para um partido que apoiará a reeleição do presidente Jair Bolsonaro”.

O petista Vander Loubet vai fazer campanha para o ex- -presidente Lula dentro da sua campanha. “Estou otimista. E acredito que minha experiência de cinco mandatos, relação com os prefeitos e vereadores dos municípios são positivas. Temos também a aceitação cada vez maior da candidatura de Lula vai influenciar positivamente. Não vai ser fácil, mas tenho condições de me eleger”.

Senado

A disputa pela única vaga no Senado vai ser acirrada em 2022. O quadro ainda não está definido e até o momento, o único que divulgou oficialmente a pré-candidatura ao cargo foi o juiz aposentado Odilon de Oliveira do PSD, que confirmou ao Jornal O Estado. “Pretendo sim, me candidatar ao Senado. Entendo que como senador posso fazer um trabalho excelente para o Estado.”

Além dele, a ministra da Agricultura Tereza Cristina (DEM) também comentou a vontade em concorrer, mas não confirma. Segundo ela, a decisão ocorre em março quando também abre dia 3 a janela partidária.

A dúvida ainda paira sob a figura do “líder maior do PSDB, governador Reinaldo Azambuja”, que pode concorrer ao pleito.

A senadora Simone Tebet (MDB) também pode concorrer à reeleição no Senado, caso a pré-candidatura a presidente da República não alcance o percentual desejado pelo partido ou uma vice-candidatura viável. Ela sempre disse que era pré-candidata ao Senado, e a retomada na corrida ao Congresso pode voltar.

Outro que avalia enfrentar a corrida pelo Senado e diz que vai bater o martelo em março, é o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. “Se for para ser candidato a presidente estou pronto, a vice, a Senado ou a deputado, desde que seja projeto que a gente saiba para onde vai”, disse ao Antagonista

O secretário da SES (Secretaria de Estado de Saúde), Geraldo Resende está entre os podem disputar vaga caso haja aval do PSDB. “A princípio para deputado federal. Se o PSDB precisar para qualquer outra disputa não recuso participar, como vice ou mesmo Senado. Estou à disposição”, disse o secretário ao Jornal O Estado.

Metade da Câmara de Campo Grande vai concorrer à eleição em 2022

Até o momento, 15 vereadores de Campo Grande confirmaram ao Jornal O Estado que vão disputar cargos e realizar campanhas em 2022. O total de 11 disputa cargo para a Assembleia Legislativa, quatro para a Câmara Federal e apenas o professor Luiz do Rede tenta o governo.

Como não é necessário se licenciar do mandato no legislativo, eles vão engrenar campanha e cumprir expediente na Casa de Leis. “Eu sou pré-candidato a deputado estadual pelo meu partido”, disse o vereador Betinho do Republicanos.

“Estamos à disposição do PSD e vamos planejar para fortalecer a chapa e contribuir”, disse o vereador Junior Coringa. Do mesmo partido, o disse o vereador Betinho do Republicanos. “Estamos à disposição do PSD e vamos planejar para fortalecer a chapa e contribuir”, disse o vereador Junior Coringa. Do mesmo partido, o líder do prefeito Otávio Trad diz que a experiência o gabarita. “Há sim uma preparação e uma possibilidade de disputar o legislativo estadual”.

Entre os que concorrem as 24 cadeiras da Assembleia Legislativa também estão os vereadores: : Loester Nunes (MDB), o vereador licenciado João César Mattogrosso do PSDB, vereador Alírio Villasanti do PSL, Willian Maksoud (PTB), Tiago Vargas (PSD), Beto Avelar (PSD), Valdir Gomes (PSD), Zé da Farmácia (Podemos).

Os que concorre a Câmara Federal são: vereador Dr. Jamal (MDB), vereador professor Juari (PSDB), Gilmar da Cruz (Republicanos), vereador Papy (Solidariedade) diz que se prepara para concorrer a deputado federal.

(Texto de Rayani Santa Cruz)

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