André diz seguir confiante, após juiz suspender três processos

Crédito: Alan Marques/Folhapress
Crédito: Alan Marques/Folhapress

O pré-candidato a governo André Puccinelli (MDB) disse ao jornal O Estado que segue acreditando na Justiça e que está tranquilo, no que se refere aos processos relacionados à Lama Asfáltica. Isso porque, após ser declarado suspeito em um dos processos, o juiz Bruno Cezar da Cunha Teixeira, da 3ª Vara Federal de Campo Grande, suspendeu mais três ações penais contra Puccinelli, na terça-feira (17).

A suspeição do juiz foi decidida em 16 de dezembro de 2021, por unanimidade pela 5ª turma do TRF3 (Tribunal Regional Federal da 3ª região), em processo contra o ex-secretário de Obras Edson Giroto. Além de declarar a suspeição, a determinação também afasta o juiz do julgamento dos processos da “Operação Lama Asfáltica”, que foi deflagrada em 2014 pela Polícia Federal. Giroto era investigado por peculato, supostas fraudes em licitações durante a gestão de André Puccinelli, que também é réu em processos.

A medida de suspeição do juiz influenciou em outras decisões tomadas por ele quase como um “efeito cascata”, inclusive essas três, que foram suspensas em publicação na última terça-feira (18), e que dizem respeito a acusações contra Puccinelli em crimes de desvios na pavimentação da Avenida Lúdio Coelho, PAC Lagoa, e organização criminosa.

Seguindo a decisão do TRF3, o juiz acatou e determinou a suspensão das ações criminais até o julgamento do habeas corpus.

Sobre o assunto, o ex-governador André Puccinelli, que está em recuperação de uma cirurgia reparadora de pálpebra, disse que os magistrados do TRF3 tiveram decisão acertada.

“Os magistrados dos tribunais superiores fizeram a determinação. E por unanimidade em decorrência das ilegalidades que o juiz cometeu, como está escrito lá na decisão. Tem alguns sites que falaram ‘o André acusa, e não foi eu quem acusei’. Foram, os magistrados é que disseram que o juiz cometeu ilegalidades, e portanto, foi considerado suspeito. Vem a um encontro do que eu dizia sempre. Eu não fiz o que eles dizem que eu fiz. E eu sempre acreditei na Justiça”, disse Puccinelli.

Para Puccinelli, ele não tem necessidade de “reverberar muito o assunto”, pois “agora, quem tem de se explicar é o juiz, porque cometeu ilegalidades”.

Os outros réus querem a extensão da decisão que determinou o juiz suspeito e também pedem anulação de seus processos. (Texto: Rayani Santa Cruz)

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