Amarildo Cruz (PT) tomou posse ontem (1º) como deputado estadual, durante sessão plenária da Assembleia Legislativa, na vaga deixada pelo deputado Cabo Almi (PT), que morreu no dia 24 de maio, por complicações da COVID-19. Em tom apaziguador, Amarildo fez homenagens e agradecimentos, inclusive fez o compromisso de trabalhar em dobro para honrar o colega de bancada que faleceu.
Advogado, contador e funcionário de carreira do governo do Estado, Amarildo Cruz iniciou seu discurso de posse relembrando que já cumpriu três mandatos e que se preparava para tentar voltar a ocupar uma cadeira na Assembleia ano que vem, por veio de voto popular. “Assumo com o compromisso de trabalhar em dobro, pelo meu mandato e do Almi. Este mandato era dele e eu suplente. Era inimaginável retornar a ocupar uma vaga aqui nestas circunstâncias. Assumo com mais motivação pelo momento que nosso Estado e país passam”, disse.
Amarildo Cruz disse que retorna para a Assembleia com misto de alegria e tristeza pelas perdas dos deputados Cabo Almi e Onevan de Matos (PSDB), ambos vítimas de complicações da COVID-19. “Esta fase triste em que vive o país, há três ou quatro anos, ninguém imaginava um saldo deste de quase 470 mil mortes. O que afeta é a forma como a pandemia é tratada”, lamentou e fez crítica à política praticada pelo governo federal em relação às ações de enfrentamento ao coronavírus.
O deputado enfatizou que a casa perdeu dois parlamentares nesta legislatura por COVID-19, mas teve muitas vítimas no quadro de servidores e familiares. “Não tem como externar este momento de tristeza, mas me sinto totalmente à vontade em voltar porque nos três mandatos que já tive, aqui, foram de muito trabalho e entrega”.
Amarildo Cruz diz que assume a vaga com o compromisso de manter todas as lutas anteriores que são de defesa do meio ambiente, contra racismo, pelo servidor público, saúde, habitação, contra intolerância LGBTQI+ e pelos mais humildes. “Vamos combater desigualdades e promover dignidade. O maior bem que temos é a vida”, frisou.
Azambuja
Com quase 40 anos de ser-viços como fiscal de tributos estadual, Amarildo Cruz anun-ciou que entrou com pedido de aposentadoria. Ele aproveitou para lembrar que sempre teve convivência harmoniosa na As-sembleia com o então deputado estadual Reinaldo Azambuja (PSDB), hoje governador. “Cada um defendendo suas convicções, sempre com respeito. Fui bem acolhido no governo e fizemos um bom trabalho na implantação da Nota MS Premiada. Não existe pecado em pensar diferente. O problema é falta de respeito e ter intolerância”, finalizou.