Na véspera de uma votação decisiva que poderá deixar nesta quarta-feira (18) Donald Trump no caminho para a impugnação, o Presidente dos Estados Unidos enviou uma carta a Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos (EUA), na qual acusa os democratas no Congresso de terem declarado “guerra contra a democracia”.
“Escrevo esta carta para Nancy Pelosi, para que fique na História e para registar permanentemente os meus pensamentos. Daqui a 100 anos, quando as pessoas olharem para este caso, quero que o percebam e que aprendam com ele, para que nunca mais aconteça com outro presidente”, explicou Donald Trump.
Ao longo de seis páginas carregadas de críticas e acusações, o Presidente escreve que os responsáveis pelo processo de impeachment violaram os seus juramentos, quebraram a lealdade para com a Constituição e usaram de forma leviana o termo “destituição”, palavra que considera “muito feia”.
“Não existem muitas pessoas que conseguissem ter sofrido os castigos infligidos durante este período de tempo e, ainda assim, fazer tanto pelo sucesso da América e dos seus cidadãos”, considerou.
Trump escreve ainda que foi “privado do processo constitucional básico desde o início do esquema do impeachment” e que lhe foram negados “direitos fundamentais, incluindo o direito de apresentar provas”.
Apesar desta última afirmação, Trump chegou a ser convidado publicamente pelo presidente do Comité Judiciário da Câmara dos Representantes para fornecer provas relacionadas com o processo de destituição, o que teria permitido que a sua equipe legal interrogasse testemunhas, mas o Presidente recusou o convite.
(Texto: Agência Brasil)