Nelson Teich concedeu entrevista coletiva hoje após pedir para deixar o cargo de ministro da Saúde do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Durante um breve discurso de despedida, ele disse que a vida é feita de escolhas e que escolheu sair da posição que ocupou por menos de um mês.
“A vida é feita de escolhas e hoje eu escolh sair. Dei o melhor de mim neste período. Não é simples estar à frente de um ministério como esse num momento difícil. Quero agradecer o meu time, que sempre trabalhou intensamente por esse país”, disse
Teich também agradeceu ao presidente Jair Bolsonaro pelo convite e afirmou que não aceitou o desafio pelo cargo, mas porque acreditava que poderia ajudar as pessoas. “Não aceitei o convite pelo cargo. Aceitei porque achava que poderia ajudar o Brasil e as pessoas. Obrigado”, afirmou.
Como Mandetta, Teich defendeu publicamente posições contrárias às do presidente. Além de afirmar que o distanciamento social deveria ser uma medida de combate à pandemia do novo coronavírus — enquanto Bolsonaro defende que apenas pessoas do grupo de risco fiquem em isolamento —, Teich postou em uma rede social nesta semana que o uso da cloroquina no tratamento contra a covid-19 deve ser feito com restrições, já que a substância pode desencadear efeitos colaterais. O presidente, por sua vez, é um dos principais defensores da medicação.
A saída do ministro acontece menos de um mês após ele substituir Luiz Henrique Mandetta na pasta, e sua saída já vinha sendo cogitada havia alguns dias. O general Eduardo Pazuello assumiu interinamente o comando do Ministério da Saúde após a confirmação da saída de Nelson Teich.
(Texto: Ana Beatriz Rodrigues com informações do Portal Uol)