Pelo menos 14 pessoas morreram em um confronto entre a polícia e traficantes numa cidade mexicana próxima à fronteira com os Estados Unidos, no estado Coahuila, neste sábado (30). O incidente ocorreu três dias depois de o presidente americano, Donald Trump, aumentar a tensão entre os países ao dizer que pretendia declarar os cartéis de drogas do México “organizações terroristas”.
O confronto ocorreu uma pequena localidade chamada Villa Unión, que fica a 65 quilômetros de Piedras Negras, que faz fronteira com os Estados Unidos. O governo de Coahuila afirmou que o tiroteio começou por volta do meio-dia (horário local) e durou mais de uma hora. O enfrentamento ocorreu entre agentes de segurança e um grupo armado, composto por supostos integrantes do CDN (Cartel do Noroeste).
De acordo com o governador de Coahuila, Miguel Angel Riquelme, há pelo menos 4 policiais entre os mortos, 6 ficaram feridos e vários trabalhadores municipais estão desaparecidos. Os agressores teriam aparentemente sequestrados civis para ajudá-los a sair da cidade.
Riquelme disse que o grupo armado invadiu a cidade de 3 mil habitantes num comboio de 14 caminhonetes. O grupo teria atacado escritórios governamentais e obrigado as forças estaduais e federais a intervir. O governador acrescentou que 10 supostos membros do Cartel do Noroeste, que surgiu de uma divisão do cartel de Los Zetas, foram mortos pela polícia.
Mais de uma dúzia de armas foram apreendidas pelas autoridades. Em comunicado, a Secretaria de Segurança afirmou que o governo responderá “com força total” a ações como essa e disse que “o combate a grupos criminosos é permanente”. “Não se permitirá que esses bandos entrem no território do estado”, diz o texto. (João Fernandes com Poder 360)