Reenducandos do sistema penitenciário ganham

Oportunizar um maior número de opções de trabalho para reeducandos é um desafio que a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) e a equipe do Estabelecimento Penal “Jair Ferreira de Carvalho” (EPJFC) – Máxima de Campo Grande – estão superando a cada mês. Graças a novas parcerias firmadas, em apenas um ano o total de detentos trabalhando quase triplicou e a meta é que esses números aumentem.

Prevista na Lei de Execução Penal, a ocupação laboral é considerada uma das principais ferramentas de ressocialização e contribui para maior tranquilidade e disciplina do local, já que garante remição na pena. Além de tirar a ociosidade, o trabalho possibilita diferentes técnicas profissionais que poderão ser utilizadas lá fora pelo custodiado.

Conforme informações do Setor de Trabalho do EPJFC, atualmente são 725 custodiados trabalhando, enquanto que no mesmo período do ano passado eram 250 trabalhadores. Hoje são mais de 25 frentes laborais entre remunerados e não remunerados, como cozinha industrial, padaria, produção de cadeiras de fio, fábrica de gelo, confecção de prendedores de roupas, costura de uniformes, tapeçaria, serralheria, serviços de manutenção, barbearia, confecção de bolas esportivas, faxina etc.

A mais nova oficina é da empresa PrendeBem, implantada há cerca de três meses, em que atualmente 380 internos atuam na confecção de prendedores de roupas, desde a montagem ao embalamento, parte da produção é feita nos pavilhões e a finalização em uma oficina no setor de trabalho. Saulo João Barbosa de Oliveira, 37 anos, é um deles e afirma que o trabalho ajuda bastante. “Recebemos remição e remuneração”, comemora.

Outra novidade é a costura de bolas que, desde setembro, assegura ocupação remunerada e remição na pena a 74 internos, por meio da empresa Mundi Mercantil Indústria e Comércio de Materiais Esportivos LTDA, representante na fabricação de marcas oficiais conhecidas nacionalmente. Há cerca de seis meses, também é realizado um trabalho de separação de plástico com mão de obra dos internos do EPJFC pela A3 Ambiental, através de parceria firmada com a Agepen.

(Texto: Lyanny Yrigoyen com assessoria Agepen)

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