O choro de uma mãe desesperada pode ser sentido por todas as outras, principalmente quando vem acompanhado da frase “quero meu filho vivo”. Esse é o pedido da dona Venina Lopes, de 61 anos, que chora pelo desaparecimento do filho, pastor Junior Lopes que saiu na noite de segunda-feira (23) para ir à igreja e não retornou.
Conhecido como D’Black Bartender, Junior tem 28 anos, é casado e tem uma filha de cinco anos. Pastor há três anos e integrante da igreja há 12, o rapaz não tinha briga com ninguém no bairro, o que deixa a família ainda mais aflita, sem entender o que aconteceu.
Segundo a mãe do rapaz, Junior saiu do bairro São Jorge da Lagoa para ir à igreja como sempre fazia. Nesta segunda-feira, ele não levou a filha junto que acabou ficando aos cuidados da avó. “Depois disso, ele não voltou mais e ficamos sem chão. Minha neta chora, diz que está estressada e que estamos escondendo algo dela, pois o pai não voltou”, lamentou dona Venina.
Um boletim de ocorrências já foi registrado pelo sumiço e a investigadora Maria Campos assumiu o caso. “Ela está investigando todas as informações, já teve acesso a câmeras de segurança de onde ele foi visto pela última vez e me afirmou que em breve terei informações concretas do que pode ter acontecido”, comentou.
Trotes
Em meio as lágrimas de saudade e preocupação, Venina lamentou a falta de empatia e de respeito das pessoas em se aproveitar de um momento de dor para passar trote. “Eu só queria pedir para as pessoas que não tem nenhuma informação verdadeira, não liguem e passem trote. Aqui deste lado tem uma mãe sofrendo junto a uma família inteira, não merecemos isso”, pediu.
Conforme a mãe, a família já recebeu mais de um trote, no qual policiais, guardas metropolitanos, amigos, familiares e membros da igreja saíram para atender e era mentira.
“Nos ligaram falando que ele estava na rodoviária velha, até nas ruas da região central pregando, mas quando chegamos lá, descobrimos que era um trote. Então, a gente pede, só nos avisem se for algo verdadeiro, não atrapalhem o serviço da polícia”, pediu.