Para quebrar o ciclo da violência doméstica e colaborar com a mudança de visão e comportamento do agressor, a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) acaba de lançar o projeto “Um Olhar Além da Vítima”.
Trabalho semelhante já é realizado com agressores no Centro de Triagem “Anísio Lima”, unidade de Campo Grande, que abriga o maior número de custodiados presos em regime fechado pela Lei Maria da Penha.
O grupo reflexivo é voltado a homens e agressores que estão sendo monitorados por meio de tornozeleira eletrônica e se encontram em cumprimento de medidas protetivas de urgência. A ideia nasceu de uma necessidade de trabalhar o agressor para que ele não volte a reincidir.
Segundo a coordenadora Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica, juíza Helena Alice Machado Coelho, somente em Campo Grande, 40% das denúncias oferecidas pelo Ministério Público se referem à violência doméstica. Além disso, cerca de 80% dos agressores são reincidentes.
Desenvolvido pela equipe multidisciplinar da UMMVE (Unidade Mista de Monitoramento Virtual Estadual), sob coordenação da direção, o trabalho conta com o apoio do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), por meio da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica.
Na oportunidade, também foi feita a abertura oficial do 3º Curso de Monitoração Eletrônica, que será desenvolvido durante esta semana aos servidores lotados na UMMVE.
(Texto: João Fernandes com assessoria)