Na quinta-feira (3), na cidade de São Paulo, o procurador da Fazenda Nacional Matheus Carneiro Assunção foi preso após tentar matar uma juíza na sede do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, na avenida Paulista. Ele invadiu o gabinete da juíza Louise Filgueiras, convocada para substituir o desembargador Paulo Fontes, em férias, e acertou uma facada no pescoço da vítima.
O procurador se mostrou alterado antes do momento do crime. Ele foi até outra sala e ao voltar invadiu a local onde a juíza trabalhava. Ela foi surpreendida pela invasão do procurador e conseguiu se afastar de Assunção rapidamente, o que dificultou o acesso do procurador.
Assunção tentou jogar uma jarra de vidro na direção da magistrada e errou. O barulho da jarra quebrando foi o que chamou a atenção dos assessores e assim que perceberam a ação, o imobilizaram.
Na mesma noite a Polícia Federal lavrou auto de prisão em flagrante contra o procurador. Em nota, a PF informou que “o preso será encaminhado à audiência de custódia nesta sexta-feira”.
Quem viu o procurador se movimentar pelo tribunal antes do acontecimento, comentou que ele parecia em estado de surto e intercalava frases sem sentido com de efeito sobre “acabar com a corrupção no Brasil”. Ao ser imobilizado, o procurador se mostrou confuso. Segundo os seguranças que o detiveram, Assunção afirmou que deveria ter entrado armado no tribunal, “para fazer o que Janot deixou de fazer”.
Em nota, o TRF-3 esclareceu que o procurador participava do II Congresso de Combate à Corrupção na Administração Pública. “Identificando-se com sua carteira funcional, logrou acessar o edifício-sede com uma faca de cozinha escondida em suas vestimentas”, explicou o tribunal.
A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional em nota conjunta com a Advocacia-Geral da União e com o Ministério da Economia, informou que está atuando para que o procurador seja submetido a uma perícia médica oficial.
(Texto: Julisandy Ferreira com notícias do Cosultor Jurídico)