Polícia prende dois acusados de agressão contra as mulheres

Foto: Operação seguirá sendo
desenvolvida em todo o
Estado, até esta sextafeira (15)/ Arquivo
Foto: Operação seguirá sendo desenvolvida em todo o Estado, até esta sextafeira (15)/ Arquivo

A Operação Shamar, deflagrada em âmbito nacional, encerra nessa sexta-feira (15), depois de quatro semanas intensas de atividade. No Mato Grosso do Sul, foram registrados quase seis mil boletins de ocorrência esse ano, em relação à violência contra mulheres, desses, foram abertos mais de vinte mandados durante a operação. Até o momento, duas pessoas foram presas, em detrimento da operação. 

A ação começou no Agosto Lilás, o mês da campanha de combate à violência contra as mulheres, a operação tem a proposta de intensificar esse atendimento, envolvendo violência doméstica. A delegada Marianne Souza, responsável pela operação, na Capital, explica a função e as atividades que aconteceram nesse período. 

“Durante essa operação, intensificamos o atendimento aos crimes envolvendo violência doméstica. Hoje, os alvos das prisões preventivas que fomos cumprir eram os cumprimentos de medida protetiva e lesões corporais contra a mulher. As ações não param, amanhã deve ter mais, são dois mandatos cumpridos. Nessa manhã, saímos para cumprir seis, dois com êxito. Não tínhamos mais mandados pra cumprir, em razão do período, em que a gente fez uma campanha grande, foram mais de vinte mandados, já com quase seis mil boletins de ocorrência esse ano e vamos continuar o trabalho.” 

As mulheres têm que expor seus anseios para que a polícia fique atenta e assim possa ajustar essa realidade. A orientação é observar os mínimos sinais de abuso e logo denunciar, para que a situação não se agrave. “Recebemos, nas últimas semanas, dois feminicídios no interior do Estado, aqui, na Capital, nós já estamos com seis feminicídios esse ano, então, aqui acontece mais esse tipo de crime. Evitamos que o feminicídio aconteça, para isso, sempre orientamos as mulheres a perceberem os mínimos sinais, principalmente a violência, ameaça e injúrias. Nessa situação, procurem registrar, denunciar, pedir as medidas protetivas de imediato. Ressaltando que a violência não é apenas de forma física, acontece com ameaças, xingamentos, até mesmo no cerceamento de direitos”, alerta a delegada.

“A Casa da Mulher oferece diversos serviços para que a mulher rompa com o ciclo de violência, além de serviços de apoio psicológico da Ceam (Centro de Atendimento da Mulher). Temos meios de reinserir ela no setor produtivo, para que ela faça acompanhamento psicológico, mas ela precisa procurar a ajuda. Funcionamos vinte e quatro horas, pedimos que nos procurem ou, se for uma situação pontual, que acione a Polícia Militar, a Guarda Municipal, ou até mesmo que os vizinhos façam denúncia. Há o número nacional, 180, que permite denúncias anônimas para quem deseja intervir sem se se expor”, finaliza Marianne.

Operação Shamar 

Pontos atingidos Orientações Shamar é uma palavra em hebraico que significa “cuidar, guardar, proteger, vigiar, zelar”. A operação foi desenvolvida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e coordenada pela Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência, da Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública) e conta com o apoio do Ministério das Mulheres e do Colégio de Coordenadores das Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar dos Tribunais de Justiça Estaduais.

Tem por objetivo combater a violência familiar doméstica e o feminicídio, por meio de atuação integrada entre as Forças de Segurança. A Operação Shamar está sendo executada em todas as unidades federativas do Brasil. No Estado, seis municípios atuam em ordem dessa operação.

“A Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) está com equipes no interior do Estado, em razão da campanha, mas o trabalho é contínuo. A Polícia Militar sempre acompanha os casos, visando coibir esses crimes que tanto importunam a vida das famílias, das mulheres”, conta Marianne Souza.

 

Por – Inez Nazira

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