Polícia localiza grupo que movimentou milhões em contrabando de diamantes

Foto: Divulgação/Polícia Federal de Piracicaba
Foto: Divulgação/Polícia Federal de Piracicaba

Agentes da Polícia Federal (PF) deflagrou, ontem (26), uma operação contra a extração e comércio ilegal de pedras preciosas, em especial diamantes brutos e ouro. Cinco pessoas foram presas, entre elas duas em Piracicaba (SP), e duas em São Paulo (SP). A PF esteve nas ruas de Corumbá em busca de suspeitos que realizava o crime também no município. 

Ainda conforme divulgado pelo G1, houve mais prisões nos Estados Unidos e há um investigado na Inglaterra. Segundo a Polícia Federal, todos são brasileiros. 

Conforme apurado com a PF, há provas que a organização criminosa atua em mais de dez países, envolvendo fornecedores, clientes e instituições bancárias. Elas eram usadas como realização de uma engenharia financeira, com movimentações superiores a R$ 30 milhões.  

Ainda conforme apurado pela EPTV (filial da Globo na região de Piracicaba), a Justiça Federal determinou o bloqueio de R$ 38 milhões dos investigados. Foram também cumpridos 42 mandados de busca e apreensão nos municípíos citados abaixo: 

 

Barueri (SP)

Bom Jesus dos Perdões (SP)

Bragança Paulista (SP)

Claudio (MG)

Corumbá (MS)

Cuiabá (MT) – 2 mandados

Distrito Federal – 2 mandados

Guarulhos (SP)

Ibiporã (PR)

Indaiatuba (SP)

Iracemápolis (SP)

Juína (MT) – 2 mandados

Limeira (SP)

Maringá (PR)

Ouro Preto (MG) – 2 mandados

Piracicaba (SP) – 6 mandados

Rondonópolis (MT)

Saltinho (SP) – 2 mandados

Salto (SP)

São Paulo (SP) – 6 mandados

 

Segundo o portal G1, em Piracicaba, as apreensões foram realizadas em um condomínio de alto padrão. No local foram encontrados relógios, pedras preciosas, documentos e equipamentos para verificação de joias.

Também foram constatadas medidas cautelares cumpridas por cooperação policial e jurídica nos Estados Unidos, Bélgica, Inglaterra e Emirados Árabes Unidos.

De acordo com a PF, a Operação foi batizada como“ Itamarã” que faz referencia á comunidade indígena Tekoha Itamarã, de etnia Guarani, a qual utiliza o nome em referência a diamante.

Foto: Divulgação/Polícia Federal de Piracicaba

 

Investigação. 

Segundo informações recebidas pela Unidade da Inteligência da Polícia Federal em Piracicaba, apontaram para a existência de uma organização criminosa que atuaria ba extração mineral irregular, receptação qualificada e contrabando de pedras preciosas.

Durante as investigações, foram confirmadas uma prisão em flagrante de um dos investigados que embarcava no Aeroporto Internacional de Guarulhos com destino a Dubai, transportando diamantes brutos sem a devida documentação fiscal, avaliados em mais de R$ 350.000,00.

Ainda conforme informações da PF, em dezembro de 2020, agentes encontraram uma carga pertencentes a mesma organização criminosa receptada no Aeroporto de Confins, pela Receita Federal, desta vez, barras de ouro com destino aos EUA.

Diante das informações, a Polícia Federal teve auxílio e cooperação policial internacional com agentes da agência americana HSI (Homeland Security Investigations) da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, onde foi possível apreender com um dos integrantes da organização, ao ingressar nos EUA, cerca de quarenta diamantes brutos.

Na Operação “Itamarã”. foram identificadas pessoas nos países da China, Inglaterra, Bélgica, Emirados Árabes, Estados Unidos, Cingapura, França, Canadá, Gana, Namíbia, África do Sul, Espanha, Serra Leoa e Suíça, além da estruturada atuação em território brasileiro em diversos estados da Federação.

Constatados durante a investigação, os criminosos ultilizavam aberturas de empresas, com o fim específico de emissão de notas fiscais falsas para enganar os órgãos de fiscalização, e a cooptação de empresas legítimas, devidamente regularizadas no Cadastro Nacional de Comércio de Diamantes Brutos (CNCD), para emissão de documentos falsos e viabilização da remessa das pedras para fora do país. 

 

Foto: Divulgação/Polícia Federal de Piracicaba

 

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