Operação Areia Branca investiga tráfico internacional de cocaína vinda da Bolívia
A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (2), a Operação Areia Branca, com vistas a desarticular uma organização criminosa voltada ao tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro.
Aproximadamente 77 policiais federais cumprem cinco mandados de prisão preventiva e 19 mandados de busca e apreensão nas cidades de Corumbá, Campo Grande, Vitória (ES), Serra (ES) e Itapemirim (ES), além do sequestro de mais de R$ 11 milhões em bens móveis e imóveis da organização criminosa. Os mandados foram expedidos pela 5ª Vara Federal de Campo Grande.
As investigações tiveram início em 2018 após a Polícia Federal em Corumbá/MS receber informações acerca da atuação de um traficante internacional, listado à época como um dos seis narcotraficantes mais procurados no Brasil, o qual estava foragido na Bolívia e de lá comandava o envio de aproximadamente 3 toneladas mensais de cocaína para o Brasil, a partir da região do Chapare boliviano. O investigado principal e sua esposa, também foragida das autoridades brasileiras, foram localizados e presos durante as apurações.
As informações obtidas pela PF apontaram que a droga chegava em solo brasileiro principalmente por meio de aeronaves de pequeno porte e, posteriormente, era transportada em caminhões que seguiam para cidades do interior do país. A cocaína destinada à Europa era embarcada ilegalmente em portos brasileiros dentro de navios de carga.
Durante as investigações, também foi possível vincular o comando da organização criminosa como o responsável por diversos carregamentos de cocaína, entre eles um flagrante realizado em 06/11/2017, com a apreensão de 529 Kg de cocaína em Viana/ES e a prisão de duas pessoas que transportavam a droga em uma carreta com carga de milho.
Ainda no curso da investigação, houve outra grande apreensão de cocaína, num total de 458 Kg, realizada em 23/04/2018, na cidade de Carauari (AM), oportunidade em que se efetuou a prisão em flagrante de quatro pessoas transportando o entorpecente em uma aeronave vinda da Bolívia.
O nome da operação faz referência a um areeiro em Corumbá/MS, de propriedade da organização criminosa, que servia de fachada, entre outras empresas, para a lavagem de ativos decorrentes do tráfico internacional de drogas.
A Polícia Federal reforça que a atual pandemia não afetou as investigações e ações da instituição, principalmente na repressão aos crimes de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro nas regiões de fronteira.
Em razão da situação de pandemia da COVID-19, foi planejada uma logística especial de prevenção ao contágio, com distribuição de EPIs a todos os envolvidos na missão, a fim de preservar a saúde dos policiais, testemunhas, investigados e seus familiares.