A DENAR (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico) deflagrou, nesta quinta-feira (25), a Operação Janus, no âmbito da Operação Protetor, cumprindo oito mandados de prisão temporária e 14 mandados de busca e apreensão em Campo Grande, Dourados, Miranda e Corumbá. A ação teve como alvo uma organização criminosa voltada à distribuição de drogas, especialmente maconha, skunk e derivados, no interior do Estado.
Em coletiva à imprensa, o delegado titular da DENAR, Hoffman D’Ávila, detalhou a estrutura da organização:

Hooffman D’Ávila, delegado titular da Denar. Foto: Marcos Maluf/arquivo
“Trata-se de um conluio de pessoas que se articulam entre si, cuja finalidade é pulverizar a droga no interior do Estado. É uma organização criminosa com estabilidade e divisão de tarefas. A operação foi deflagrada simultaneamente na Capital e no interior do Estado, inclusive com dois alvos de prisão no presídio, para evitar vazamento de informações entre os investigados. A tônica dessa organização criminosa é maconha e skunk.”
Segundo o delegado, a droga circula entre Corumbá e Campo Grande, sendo adquirida por diferentes integrantes da quadrilha, que atuam no transporte e na distribuição para diversas cidades.
Durante a operação, uma mulher foi presa em flagrante em Campo Grande, proprietária de um estabelecimento comercial já investigado pela DENAR. Em sua residência e no comércio, foram apreendidos maconha e skunk, configurando tráfico de drogas.

Foto: divulgação/Polícia Civil
Em Dourados e Miranda, foram cumpridos mandados de busca na residência e escritório de um profissional da advocacia. Na casa do advogado, foram encontrados 40 gramas de maconha e um vidro de óleo de THC, que ele alegou ser para consumo pessoal. O delegado explicou que, embora a quantidade seja compatível com uso próprio, a autoridade policial deve avaliar todo o contexto:
“Mesmo que a pessoa tenha quantidade considerada para consumo pessoal, a presunção não é absoluta. O indivíduo pode ser conduzido para análise objetiva do caso.”
No escritório do profissional, nenhum ilícito foi encontrado, preservando-se o sigilo profissional. Foram apreendidos celulares e notebook na residência, para coleta de dados que possam agregar provas à investigação.
Até o momento, a operação contabiliza:
– 1 foragido de prisão temporária;
– 4 prisões em flagrante, incluindo a proprietária do comércio;
– 3 termos circunstanciados de ocorrência, entre eles o do advogado;
– Veículos, celulares e notebooks apreendidos.
O delegado destacou que a DENAR trabalha com transparência e legalidade, respeitando todas as garantias constitucionais e prerrogativas legais. A investigação sobre lavagem de dinheiro e valores movimentados pela organização ainda está em andamento, e não há estimativa precisa sobre o tempo de atuação da quadrilha.
A operação reforça a atuação da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul no combate ao tráfico de drogas, com ações coordenadas entre a Capital e cidades do interior, visando desarticular organizações criminosas e reduzir a circulação de entorpecentes no Estado.
Com colaboração da repórter Inez Nazira
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