Chegou ao fim ainda durante a madrugada deste sábado (2) o motim na Unidade Penal Ricardo Brandão, em Ponta Porã que começou na tarde de ontem, onde três presidiários fizeram um agente penitenciário de refém.
Segundo a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) foram cerca de 10 horas de negociação, onde por volta das 3h da manhã o servidor foi liberado sem ferimentos físicos e imediatamente recebeu os primeiros atendimentos pelo Corpo de Bombeiros Militar.
De acordo com o site Porã News, a situação de crise iniciou por volta das 16 horas de ontem, quando o agente penitenciário foi feito refém por três internos que o renderam e o puxaram para dentro de uma das celas disciplinares; outros quatro internos que também dividiam a cela, mas no momento permaneceram no solário também estavam envolvidos.
Foi uma situação isolada e que não teve adesão do restante da massa carcerária, não configurando rebelião. O interno que liderou o grupo solicitava transferência para Santa Catarina e os demais maior atenção nos processos judiciais.
Segundo eles, a intenção dessa ação era chamar a atenção da mídia e da Justiça. Logo que a situação foi instalada, o presídio recebeu reforço na segurança com a presença de mais agentes penitenciários que se deslocaram até o local, assim como policiais militares da cidade. Também participaram do reforço policiais do Batalhão de Choque, Departamento de Operações de Fronteira, Polícia Civil e Comando de Operações Penitenciárias.
O BOPE (Batalhão de Operações Especiais) também esteve no estabelecimento penal, assumindo as negociações por volta das 22 horas. Os trabalhos se concentraram no diálogo e com responsabilidade. Representantes da Ordem dos Advogados do Brasil acompanharam trabalhos.