Um menino de 14 anos morreu após ser baleado, na noite de segunda-feira (18), durante operação da Polícia Federal (PF) e da Polícia Civil no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo (RJ).
Após ser atingido, João Pedro Mattos Pinto foi levado no helicóptero da polícia, sem o consentimento da família, que só teve conhecimento da morte do rapaz na manhã de terça-feira (19). Após uma peregrinação de hospital em hospital, o corpo do adolescente foi encontrado no Instituto Médico Legal (IML) de São Gonçalo.
A família do garoto estava sem notícias sobre o paredeiro de João até a manhã desta terça-feira (19). A tag #procurasejoaopedro ficou entre os assuntos mais comentados no Twitter e causou revolta quando a notícia da morte do menino foi anunciada por um parente da vítima, também na rede social.
“Infelizmente meu João não volta mais”, disse Daniel Blaz, primo do garoto, na rede social. “Que Jesus te receba de braços abertos, meu campeão”, prosseguiu ele.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ) informou que instalou inquérito para apurar a morte do adolescente morto durante a operação policial.
Foi realizada perícia no local e duas testemunhas prestaram depoimento na delegacia. Policiais foram ouvidos e as armas utilizadas na operação, apreendidas. Será feito confronto balístico, para identificar de onde partiu o tiro que tirou a vida de João Pedro.
A operação, segundo a PCRJ, visava cumprir dois mandados de busca e apreensão contra lideranças de uma facção criminosa.
“Durante a ação, seguranças dos traficantes tentaram fugir pulando o muro de uma casa. Eles dispararam contra os policiais e arremessaram granadas na direção dos agentes”, informou a polícia, sem detalhar de onde partiu o disparo de arma de fogo que atingiu a João Pedro.
“O jovem foi ferido e socorrido de helicóptero. Médicos do Corpo de Bombeiros prestaram atendimento, mas ele não resistiu aos ferimentos”, prosseguiu a corporação, em nota.
A Polícia Federal, por sua vez, emitiu nota com as mesmas informações da Polícia Civil. “A PF acompanhará e prestará todas as informações e apoio necessário à elucidação dos fatos”, complementou.
(Texto: Metrópoles)