Uma mulher de 30 anos foi detida em Campo Grande, nesse domingo (28), após arrombar o portão de um abrigo e sequestrar o próprio filho, um bebê de 1 ano e 2 meses. Segundo a Polícia Militar, a suspeita retirou a criança à força e fugiu em um carro que a aguardava do lado de fora. Horas depois, mãe e filho foram localizados em um hospital, onde a criança passava por exames médicos.
De acordo com informações preliminares, a médica que atendeu o menino disse que ele não apresentava sinais de gripe ou lesões recentes, apenas hematomas antigos. Apesar disso, a mãe foi algemada e conduzida à DEPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), enquanto o bebê ficou sob os cuidados do Conselho Tutelar.
Este não é o primeiro episódio de risco envolvendo a mulher e o filho. Em 6 de janeiro deste ano, ela foi presa em flagrante após ameaçar cortar o bebê, então com cinco meses, em pedaços e enviar os restos pelo Correios ao pai da criança, que mora em Salvador (BA). Na ocasião, o juiz Eduardo Eugênio Siravegna Júnior concedeu liberdade provisória à mãe, mas determinou que a guarda do menino ficasse com a avó materna. Desde então, a criança estava sob a proteção de um abrigo.
Histórico de conflitos e acompanhamento
O caso da família já era monitorado por órgãos de proteção. Relatos apontam que a mãe sofre de transtornos psicológicos, apresentando episódios de alucinações e desconfiança em relação aos próprios pais, com quem morava. Em depoimento, ela afirmou não confiar em deixar o filho com os avós.
Durante vistoria da Polícia Militar na residência da família, os agentes encontraram o local em desordem, constatando indícios de graves problemas psiquiátricos. Testemunhas e assistentes sociais informaram que a mulher já havia recusado atendimento no CAPS (Centro de Atenção Psicossocial).
Embora o bebê tenha apresentado vermelhidão e possíveis ferimentos, a origem não pôde ser determinada. A Polícia Civil investiga o caso sob a perspectiva de maus-tratos.
Com a reincidência da mãe em situações de risco, o caso volta a ser acompanhado pela Justiça e pelos órgãos de proteção à criança.
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