Jovem que matou gamer com golpes de espada vai a júri

ingrid sol gamer
Imagem: Reprodução/Divulgação

O jovem Guilherme Alves Costa, acusado de matar a gamer Ingrid Oliveira Bueno da Silva, 19 anos, com golpes de faca e espada, vai a júri nesta segunda, às 12h30, no Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo.

O crime aconteceu em 22 de fevereiro de 2021, quando Guilherme chamou Ingrid até a sua casa, em Pirituba, na Zona Norte de São Paulo e a esfaqueou com uma faca e uma espada. O corpo da jovem foi encontrado pelo irmão do suspeito, que chamou a Polícia Militar até o local e afirmou que não a conhecia.

Após o crime, Guilherme fugiu, mas gravou alguns vídeos, onde ele confessava a autoria do assassinato, mas não explicava a motivação e afirmava que ela estaria no livro que ele escreveu. Em outro vídeo, o suspeito chegou a filmar o corpo de Ingrid enquanto ria.

De acordo com a Justiça, a explicação para o crime seria a de que o jovem “planejava um ataque contra o cristianismo e que seria um soldado de um exército, tendo ainda asseverado que a vítima teria atrapalhado seu caminho, o que, em tese, acena para a possibilidade de envolver um plano para atingir outras pessoas”.

Na época, Costa chegou a falar que cometeria suicídio, mas o seu irmão o convenceu a se entregar. Ele foi preso após comparecer a 87º Distrito Policial (DP), na Vila Pereira Barreto e continuou detido desde então, sob a acusação de homicídio qualificado por motivo fútil e meio cruel.

O julgamento de Guilherme está marcado para esta segunda (8), no Fórum Criminal da Barra Funda, previsto para começar às 12h30 e será presidido pela juíza Michelle Porto de Medeiros Cunha Carreiro. Caso seja condenado, Costa poderá receber uma pena entre 6 a 30 anos de prisão.

A defesa do acusado afirma que ele não se lembra de ter assassinado Ingrid e que o parecer técnico, pedido pela defesa, alega que o réu teria “Transtorno Delirante Persistente e Traços de Personalidade Antissocial”, que o levariam a ter uma “distorção do entendimento da realidade”, tornando o suspeito semi-imputável.

Se for aceita essa argumentação, o réu poderá escapar da condenação e seguirá para um tratamento médico em algum hospital. No local, ele teria uma restrição de liberdade e periodicamente passaria por especialistas que poderiam dar alta médica ou não para o jovem.

Já o Ministério Público discorda dessa alegação. Fernando Cesar Bolque, representante do MP, afirma que o laudo feito por peritos da Justiça concluiu, em abril de 2021, que Guilherme não teria nenhum tipo de distúrbio ou doença mental, podendo assim responder criminalmente pelos seus atos.

Ingrid

A jovem, que era conhecida no meio gamer como Sol, era jogadora e integrava a equipe profissional FBI E-Sports de Call of Duty (Cod). As autoridades suspeitavam que ela conheceu o suspeito por meio de partidas online. Na época, a gamer recebeu diversas homenagens do cenário de jogos.

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