Oferecer qualificação profissional para alguém é com certeza levar a inspiração, para que a motivação se torne real, levou o curso de higiene e manipulação de alimentos, ministrado pela nutricionista Bárbara Cristina, para as internas do Estabelecimento Penal Feminino “Irmã Ima Zorzi”.
A aula inaugural aconteceu hoje (25), 30 internas estão participando do curso que terá duração de quatro dias com carga horária de 10 horas/aula. Após o cumprimento das aulas, as alunas receberão um certificado de conclusão, ampliando as oportunidades de trabalho para um recomeço, quando conquistarem a liberdade.
O diretor-presidente da Funsat (Fundação Social do Trabalho), Luciano Martins, reforçou que a iniciativa que possibilita às mulheres a oportunidade de saírem com uma colocação melhor no mercado de trabalho, além de vislumbrar a progressão de regime, a partir da remição de pena pelo estudo. “A intenção é implantar novos cursos e expandir para outras unidades penais”, destacou.
Uma das internas que está participando do curso, é a Josiane Ferreira de 31 anos, há um ano ela está no Estabelecimento Penal, e há sete meses trabalhando na cozinha. Ela vê nesse curso uma possibilidade de se ocupar de maneira produtiva, além de se capacitar. Josiane sabe que do lado de fora existe uma ampla concorrência por emprego, por este motivo, pretende se qualificar, aproveitando todos os cursos que a Funsat oportunizar.
“Esse é o primeiro curso que eu faço na unidade, e minha expectativa é das melhores, aqui eu já estou trabalhando em cozinha, já é uma novidade pra mim, e poder aprender mais sobre essa área vai ser ótimo. Eu tenho o pensamento de sair daqui e mudar de vida, mas nós sabemos que nem sempre conseguimos emprego, então se tivermos um diferencial com certeza será mais fácil. Eu espero que esse seja só o primeiro curso de muitos, e enquanto eu estiver aqui, vou me qualificar”. Comentou Josiane.
A subsecretária da SEMU (Subsecretaria de Políticas para as Mulheres), Carla Stephanini, parabenizou o trabalho realizado dentro do sistema prisional do estado e informou que a missão da parceria é promover a empregabilidade. “Existe uma vida lá fora, desejo que tenham condições plenas de se reorganizarem quando estiverem em liberdade, e para ter uma vida digna o trabalho é fundamental”, disse.
Aud de Oliveira Chaves, o diretor-presidente da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), destacou o trabalho dos servidores de carreira na busca constante por ações e projetos que contribuem na reinserção social. “Este empenho tem elencado Mato Grosso do Sul a se tornar referência nacional, o que contribui ainda mais com a ressocialização”, afirmou.
Há sete meses no sistema, Maria Aparecida de 47 anos, está participando do curso de qualificação e considera de extrema importância as aulas, tanto para a vida profissional, quanto para a vida pessoal. “É uma perspectiva de novos horizontes, quando sairmos daqui e pagarmos o que devemos nós já teremos um currículo melhor para mostrar para a sociedade, estamos aqui esperando novos cursos e novas oportunidades”, finaliza.