Homem não aceita pedido de separação e incendeia casa com a família dentro, na Capital

Um homem, de 35 anos, foi preso em flagrante após incendiar a própria residência com a companheira e os filhos dentro. O caso aconteceu no Bairro Santa Luzia, em Campo Grande, na noite dessa terça-feira (30). A filha mais velha, de 15 anos, e o bebê de um ano foram retirados da casa pela mãe sem ferimentos.

Segundo informações do boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada após denúncia de incêndio criminoso. Ao chegar ao local, equipes do Corpo de Bombeiros já atuavam no combate ao fogo. A vítima foi encontrada em estado de choque, chorando e com o bebê nos braços.

À polícia, a mulher, de 36 anos, contou que passou o dia ingerindo bebidas alcoólicas com o companheiro até que ela decidiu entrar e cuidar das filhas. O homem foi para a casa de um vizinho onde continuou bebendo. Pouco tempo depois ele retornou e os dois começaram a discutir.

Ainda segundo o registro, o agressor deu tapas no rosto da vítima e bateu sua cabeça na parede, e por isso ela decidiu pedir a separação. Após a discussão, o homem ficou ainda mais nervoso e disse que só sairia da casa preso ou morto. Em seguida, ameaçou incendiar a residência caso ela chamasse a polícia.

Com medo, a mulher ligou para o 190 e então o homem jogou gasolina e ateou fogo na residência.

O autor do incêndio sofreu queimaduras de segundo grau em cerca de 15% do corpo e foi encaminhado para a Santa Casa, sob escolta policial. Ele foi localizado escondido na casa de um vizinho e preso em flagrante. Durante a abordagem, policiais encontraram três munições de calibre 44 no bolso da calça dele.

Ainda segundo as vítimas, o homem costumava ameaçar a família com armas de fogo, que não foram localizadas até o momento. A adolescente relatou que, em uma das ocasiões, chegou a ter uma arma apontada para a cabeça.

O caso foi registrado na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) como incêndio criminoso, ameaça, vias de fato, posse irregular de munição, além de tentativa de feminicídio no contexto de violência doméstica.

A mulher solicitou medidas protetivas de urgência – para evitar que o companheiro se aproxime dela e das filhas – e recebeu orientações sobre acompanhamento psicossocial e assistência jurídica.

 

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