A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Brasilândia/MS, realizou uma operação que resultou na prisão de um homem de 38 anos, suspeito de cometer abusos sexuais contra suas filhas e enteada ao longo de vários anos. A gravidade da situação é agravada pelo fato de que uma das vítimas contraiu o vírus HIV em decorrência dos abusos. A prisão ocorreu no dia 10 de agosto, após intensa investigação que teve início a partir de denúncia do Conselho Tutelar local.
Uma das vítimas, uma jovem de 15 anos, relatou que os abusos começaram quando ela tinha menos de 10 anos de idade. As investigações conduziram a escutas especializadas, nas quais tanto a jovem de 15 anos quanto sua irmã mais nova, atualmente com 13 anos, confirmaram os terríveis eventos que enfrentaram. Ambas as meninas afirmaram que foram alvos desses abusos recorrentes desde uma idade muito precoce.
A situação ganha contornos ainda mais sombrios com o depoimento da enteada do suspeito, agora com 21 anos de idade. Ela revelou que foi abusada dos 8 aos 16 anos pelo homem, período em que finalmente decidiu fugir de casa para escapar dos abusos insuportáveis. Além disso, a vítima contraiu o vírus HIV como resultado das ações do suspeito, o que aumenta a gravidade do caso.
A perícia sexológica realizada nas vítimas corroborou os relatos, fornecendo evidências tangíveis dos abusos que essas jovens sofreram ao longo dos anos. As vítimas relataram que o suspeito as ameaçava de morte caso elas revelassem os fatos a alguém, o que contribuiu para seu silêncio prolongado.
O delegado responsável pelo caso solicitou a prisão preventiva do suspeito, que foi prontamente aceita pelo juízo criminal. Entretanto, ao tomar conhecimento das investigações, o suspeito fugiu. A polícia recebeu informações de que ele se escondia na casa de uma irmã, localizada no assentamento Mutum, a cerca de 250 km de distância de Brasilândia.
Os policiais montaram uma operação de busca e monitoramento, que culminou na localização e prisão do indivíduo. Atualmente sob custódia, o suspeito enfrentará acusações graves, incluindo estupro de vulnerável majorado. As penas associadas a esses crimes somam mais de 50 anos de prisão, caso ele seja condenado.
Com informações da Depac