Um tratorista de 62 anos, foi preso em flagrante no domingo (26) acusado de matar o enteado, Cléber Arguelho Neto, de 22 anos, com pão e mortadela envenenados com chumbinho — veneno usado para matar ratos. O crime aconteceu em Bataguassu, cidade a cerca de 70 quilômetros de distância de Campo Grande.
Segundo o boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada por uma moradora do bairro Jardim Campo Grande, que ouviu gritos de socorro vindos da rua José Alves Barroso. Quando a equipe chegou, a vítima já havia sido socorrida por uma equipe do Corpo de Bombeiros.
A testemunha, uma mulher de 33 anos, contou que ao sair de casa encontrou o rapaz pedindo ajuda. Antes de desmaiar, Cléber teria dito que havia sido envenenado pelo “João”, seu ex-padrasto, que mora na região. O jovem foi levado ao hospital da cidade, mas não resistiu e morreu durante o atendimento.
Na calçada onde ele pediu socorro, os policiais encontraram um saco com pedaços de pão e mortadela contaminados com chumbinho. Em diligências, a equipe foi até a casa do suspeito. No local, os agentes localizaram no lixo um saco plástico usado para mortadela, um pão e sacolas verdes idênticas às encontradas com a vítima.
O suspeito, que apresenta atrofia em uma das mãos e dificuldade para andar, inicialmente negou o crime, afirmando que Cléber teria chegado ao local trazendo o alimento. No entanto, momentos depois, confessou ter colocado o veneno no pão.
Aos policiais, o idoso alegou que o enteado era usuário de drogas e o ameaçava com frequência, inclusive com faca. Após confessar, João recebeu voz de prisão em flagrante e foi levado à delegacia de Bataguassu. Após audiência de custódia, o juiz decretou a prisão preventiva, mas a medida foi substituída por prisão domiciliar, levando em conta as condições de saúde e mobilidade do acusado.
A Polícia Civil segue investigando o caso para esclarecer as circunstâncias e a motivação do crime.
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