Na manhã desta quarta-feira (8), o Batalhão de Choque da PM (Polícia Militar), explicou, em coletiva à imprensa, detalhes sobre a morte de um idoso de 75 anos, registrada na segunda-feira (6), no bairro Portal Caiobá, em Campo Grande.
Ramão Lopes foi brutalmente assassinado na noite de segunda-feira e autor, um jovem de 23 anos, confessou o crime ao ser abordado pela Polícia Militar. Ele atraiu o idoso até sua casa oferecendo latinhas de alumínio, mas, ao vê-lo entrar, disse ter sentido “vontade de matá-lo”. Ramão foi atacado com golpes de faca e de barra de ferro e, em seguida, enterrado no quintal. O crime foi descoberto após familiares do suspeito desconfiarem da terra remexida e da bicicleta da vítima. O jovem foi preso em flagrante. A polícia descarta latrocínio e apura homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

Comandante do Batalhão de Choque, Rigoberto Rocha – Foto: reprodução/arquivo
O tenente-coronel Rocha, comandante do Batalhão de Choque, relatou a frieza do autor ao confessar o assassinato e destacou ainda que a ação rápida da PM foi essencial para esclarecer o caso em poucas horas.
“Quando ele entra na minha residência, me vem a vontade de matar. Então, foge do natural, foge do razoável. A equipe ficou bastante impactada com a frieza dele, sentado na viatura contando isso. Em menos de três horas resolvemos a situação. Um criminoso preso, o que foi utilizado para a ação criminosa, a faca e o ferro, apreendidos. Ele confessou prontamente, na mesma hora, e mostrou onde havia enterrado o corpo”, afirmou Rocha.
Ainda conforme Rocha, o jovem não tinha passagens policiais e o crime não foi motivado por roubo.
“Ele não mata para roubar a bicicleta da vítima. Fica bem claro: é um homicídio com ocultação de cadáver, qualificado por diversas circunstâncias. A motivação é pura maldade, vontade de matar”, explicou o comandante.
A Polícia Civil e a Perícia Científica estiveram no local e recolheram objetos, incluindo um celular, que recebeu ligação do filho de Ramão durante a ocorrência. O filho reconheceu a bicicleta e confirmou que o corpo encontrado era do pai.
O caso é investigado pela Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) e o autor responderá por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
Com colaboração da repórter Inez Nazira
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