Um homem que se passava por técnico de informática foi preso durante a segunda fase da operação Cyber Fake, deflagrada nessa quinta-feira (21) pela 1ª Promotoria de Justiça de Itaquiraí em conjunto com a UICC (Unidade de Combate aos Crimes Cibernéticos). A ação tem como foco combater crimes como extorsão sexual, estelionato digital e armazenamento de pornografia infantojuvenil.
O suspeito, que não teve o nome divulgado, já havia sido alvo de buscas em maio deste ano. Na época, equipes cumpriram dois mandados em endereços ligados a ele. Ontem, novas ordens judiciais foram executadas, incluindo a prisão preventiva, após a análise de celulares e computadores apreendidos na primeira fase revelar novas provas contra o investigado.
A investigação começou depois que uma das vítimas denunciou ter sido abordada por um perfil falso em rede social. Ela contou que foi induzida a enviar fotos íntimas e, em seguida, passou a receber ameaças de que o material seria divulgado caso não obedecesse às exigências do suspeito.
Durante as apurações, o Ministério Público descobriu uma estrutura criminosa baseada em múltiplos perfis falsos, identidades digitais fictícias e uso de engenharia social para enganar vítimas. As práticas envolviam principalmente fraudes eletrônicas e extorsão sexual cibernética.
De acordo com os investigadores, várias vítimas já foram identificadas em diferentes estados do Brasil, incluindo adolescentes. O caso segue em andamento e está sob segredo de Justiça para preservar a intimidade das mulheres envolvidas.
O nome da operação faz referência à principal estratégia dos criminosos: a criação de falsas identidades virtuais usadas para conquistar a confiança das vítimas e obter vantagens financeiras e sexuais, em especial por meio de redes sociais e aplicativos de mensagens.
O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) reforça a importância de atenção redobrada diante de propostas suspeitas e alerta que não se deve compartilhar senhas ou permitir acesso a dispositivos sem motivo justificado. Denúncias podem ser feitas pela Ouvidoria, no site ouvidoria.mpms.mp.br.
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