Drogas apreendidas em Mato Grosso do Sul aumentam 96%

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Divulgação

Levantamento da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) mostra o aumento de 96% nas apreensões de drogas em Mato Grosso do Sul, durante o primeiro quadrimestre de 2021, o maior recorde da história da segurança pública estadual.

As forças de segurança pública estaduais já tiraram de circulação no MS este ano 192,4 toneladas de drogas, desse total 4,6 toneladas foram apreendidas na Capital e 187,7 no interior. No mesmo período de 2020 foram pouco mais de 98 toneladas em todo o Estado, das quais 5,9 toneladas interceptadas na capital de janeiro a abril do ano passado.

Das 192,4 toneladas de drogas apreendidas em Mato Grosso do Sul, a maior parte, 184,2 toneladas é de maconha, 706 quilos de cocaína, 439 quilos de pasta base, 105 quilos são haxixe, 60 de crack e 2,6 toneladas de outras drogas, que inclui as sintéticas como ecstasy, LSD, anfetaminas e anabolizantes, por exemplo.

Trabalho na fronteira

Das drogas apreendidas no interior, a maior parte foi tirada de circulação na linha e faixa de fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai. O Departamento de Operações de Fronteira (DOF), que atua no policiamento de recobrimento da região junto com a Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira (Defron), registrou um aumento de 300% nas apreensões nos primeiros quatro meses de 2021.

O diretor do DOF, coronel Wagner Ferreira da Silva, explica que o maior volume de apreensões já registrado pelo Departamento de Operações de Fronteira está relacionado principalmente ao aumento na procura e oferta.

“O crime organizado mantém os mesmos métodos na tentativa de transpor nossas fronteiras rumo aos grandes centros brasileiros, se valendo de uma cadeia logística e um exército de reserva humana complexa, que nos exige muito empenho para interceptar as cargas de drogas, combater a lavagem e dinheiro e descapitalizar quem financia a violência no país”, destaca.

O titular da Defron, delegado Rodolfo Ribeiro Daltro, afirma que a maior parte das drogas apreendidas pela especializada em crimes de fronteira da Polícia Civil foi em depósitos, principalmente no município e região de Ponta Porã. “Estamos realizando intenso trabalho de inteligência policial para chegar até esses entrepostos”, garante.

Segundo o delegado Daltro, a forma de agir dos narcotraficantes continua a mesma. “Eles formam consórcios, com grandes cargas pertencentes a várias pessoas ou grupos e contratam diversos batedores para alertar os condutores dos carregamentos sobre a presença da polícia, tudo no intuito de baratear custos e reduzir riscos”, explica.

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