O Ministério Público de São Paulo instaurou inquérito civil para apurar se o delegado de polícia Carlos Alberto da Cunha, 42, conhecido como delegado Da Cunha , ganhou dinheiro com vídeos de operações oficiais da Polícia Civil postados por ele nas redes sociais, o que seria irregular .
De acordo com a Promotoria, caso confirmada, a monetização desse tipo de conteúdo pode configurar enriquecimento ilícito porque os policiais não podem, em tese, usar cargas públicas nem empregar bens e materiais da Polícia Civil para benefício próprio, conforme prevê a lei de Improbidade Administrativa .
“Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de carga, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no artigo 1 ° desta lei”, diz trecho do artigo 9º.
Cunha ganhou projeção nas redes sociais com a divulgação de vídeos de operações policiais das quais participava na zona leste de São Paulo. O delegado negou publicamente que teve ganho financeiro com postagens no Youtube, a não ser nos meses, quando criou uma fundação.
Em caso de condenação, a lei de improbidade prevê entre as suas penalidades a perda da função pública, suspensão dos direitos políticos e pagamento de multa de até cem vezes o valor do acréscimo patrimonial. Por se tratar de investigação civil, não há previsão de medidas restritivas de liberdade.
De acordo com policiais ligados a Da Cunha, o delegado vem monetizando o canal no Youtube, onde tem mais de 3,5 milhões de inscritos. Os colegas estimam que da Cunha teria arrecadado ao menos R $ 400 mil. Acesse também: Ladrão é preso por roubos na região do Alphaville e Itanhangá Park