Pelo menos dois diretores de escolas e um professor foram intimados a depor pela defesa de Cléber de Souza Carvalho, o serial killer, 43 anos, para que a Justiça de Mato Grosso do Sul entenda que sua filha, Yasmin Natacha Gonçalves Carvalho, 19, tem indícios de ser doente mental.
Carvalho é acusado de sete assassinatos ocorridos desde 2015. Em todos os casos, escondeu os cadáveres. Ele foi preso em 7 de maio, após esconder o corpo do comerciante José Leonel dos Santos, 61, morto pelo menos duas semanas antes para, segundo a investigação, a família tomar posse da casa da vítima, na Vila Planalto.
Yasmin e sua mãe, Roselaine Tavares Gonçalves, 40, foram presas nesse último crime, acusadas de ajudar no homicídio e na ocultação de cadáver. Mas, segundo o advogado Jean Carlos Cabreira, que representa a família, ambas foram manipuladas por Carvalho. O caso de Yasmin seria o mais grave. Um atestado médico de 2008 foi anexado ao processo pela defesa para justificar que ela já fazia tratamento psiquiátrico. Sinais como a gagueira e uma “sensibilidade extrema” seriam os sintomas da sua doença. Cabreira aponta que Yasmin é dependente química e já passou por dois psiquiatras que atestaram sua condição.
O pedido de insanidade para pai e filha foi feito no dia 19 de junho e teve parecer positivo do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul). Depois das várias alegações da defesa, o advogado quer atestar ilegalidade e coação no momento em que foram colhidos os depoimentos de Yasmin e Roselaine. Segundo Cabreira, a família está em “estado físico e mental frágil” por conta das “agressões sofridas”. O defensor, contudo, não explica qual seria a violência sofrida. Ressalta, no entanto, que denunciou o ocorrido à Corregedoria da Polícia Civil e à Promotoria.
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(Texto: Rafael Ribeiro/Publicado por João Fernandes)