Dados de 16 milhões de brasileiros que se submeteram a testes para covid-19, em unidades de saúde tanto da rede pública quanto da privada, foram expostos devido um vazamento de senhas de sistemas eletrônicos do Ministério da Saúde. Dessa forma foram divulgados dados pessoais como CPF, endereço, telefone e doenças pré-existentes.
No entanto, entre as pessoas que tiveram os dados expostos estão os chefes do Executivo e do Legislativo, ministros do governo federal e 17 governadores. Eis algumas delas:
– Jair Bolsonaro, presidente da República;
– Eduardo Pazuello, ministro da Saúde;
– Onyx Lorenzoni, ministro da Cidadania;
– Damares Alves, ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos;
– João Doria (PSDB), governador de São Paulo;
– Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara;
– Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente do Senado
Contudo a exposição das informações não foi causada por ataque hacker, mas sim decorrente de uma ação de Wagner Santos, funcionário do Hospital Albert Einstein que tinha acesso liberado aos bancos de dados do Ministério da Saúde. Ele trabalhava em projeto de parceria com a pasta e ficava baseado na sede do ministério.
De acordo com Santos, ele publicou a planilha de senhas em seu perfil na plataforma GitHub para a realização de teste na implementação de um modelo, porém esqueceu de remover o arquivo da página pública. Logo as chaves de acesso foram trocadas nos sistemas e que uma investigação interna será aberta pelo hospital para apurar as responsabilidades.
Em suma segundo o Ministério da Saúde, o Hospital Albert Einstein confirmou que houve falha humana, e não do sistema. O órgão disse que está realizando “o rastreamento de possíveis sites ou ciberespaços onde os dados podem ter sido replicados”.
(Com informações: Poder360)