A Universidade de Oxford anunciou na sexta-feira (12) que a vacina produzida pela instituição em parceria com a farmacêutica AstraZeneca será testada a partir de agora também em crianças e adolescentes, com idades entre 6 e 17 anos. É o primeiro estudo a incluir essa faixa etária. O ensaio clínico de fase 2 contará com 300 voluntários, sendo que 240 deles vão receber o imunizante contra a COVID-19 e os 60 restantes, uma vacina controle, que será a de meningite. Os testes começam ainda neste mês, segundo a universidade.
“Embora a maioria das crianças não seja relativamente afetada pelo coronavírus e seja improvável que adoeça com a infecção, é importante estabelecer a segurança e a resposta imunológica à vacina em crianças e jovens”, afirma Andrew Pollard, pesquisador chefe do ensaio da vacina de Oxford, em nota divulgada pela universidade.
Para a pediatra Rinn Song, cientista da instituição, é importante coletar dados sobre a resposta imune em crianças e adolescentes para que eles possam se beneficiar da inclusão em programas de vacinação em um futuro próximo.
Importação de mais doses
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) deu aval no mesmo dia para que a Fiocruz possa importar mais doses da vacina da Universidade de Oxford fabricadas pelo Serum Institute, que fica na Índia. O laboratório é um dos centros de produção vinculados à AstraZeneca, que desenvolveu o imunizante e tem uma parceria com a fundação.
Segundo a Anvisa, o pedido foi feito na quarta-feira (10), e vale para novas doses que vierem a ser adquiridas pela instituição – não houve delimitação da quantidade. Em nota, a agência diz que a aprovação visa “a manutenção do fornecimento de vacinas ao Programa Nacional de Imunização e a continuidade da vacinação dos grupos prioritários em todo o país”.
“Esta aprovação se deu nas mesmas condições já aprovadas por esta Anvisa, em 17 de janeiro de 2021, para autorização temporária de uso emergencial, já que se trata da mesma vacina produzida, fabricada sob as mesmas condições já avaliadas naquela oportunidade”, completa.
Com o aval de sexta-feira, as novas doses que forem importadas também já podem ser aplicadas quando chegarem ao país e forem liberadas após inspeções. Em janeiro, a agência deu autorização para 2 milhões de doses que também tinham sido importadas do Serum Institute.
Segundo o Ministério da Saúde, o novo montante tem sido negociado devido ao atraso para liberação de insumos que devem ser usados para fabricação da vacina no Brasil. Recentemente, a Fiocruz entrou com pedido de registro na Anvisa para as doses que devem ser fabricadas pela instituição.
(Com informações: UOL)
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