A taxa de letalidade que permaneceu por quase 20 dias em estabilidade teve seu aumento anunciado no boletim epidemiológico de ontem (28).
Junto ao anúncio, também veio o destaque da preocupação pelo aumento da média móvel de mortes ao dia que subiu de 12 para 14 vítimas da COVID-19.
Desde o dia 10 de setembro a taxa de letalidade estava em 1.8% e ontem aumentou para 1.9%. Esse aumento é representado pelo número de vidas perdidas diariamente que também teve sua elevação.
Os dados ainda são reflexo do feriado de 7 de setembro quando parte da população quebrou o isolamento e fez aglomerações em diversos pontos do Estado.
Por conta disso, o secretário de saúde do Estado, Geraldo Resende aproveitou para chamar atenção da população durante a live. “Temos dados que não são de comemorar. A nossa taxa de letalidade que permaneceu por quase um mês em 1.8 passou para 1.9%, a gente precisa abaixar essa taxa, homens e mulheres estão perdendo a vida para o coronavírus”, disse.
Outro aumento notório está nos casos de internação que estava com uma média de 400 a 450, e passou para 480 internados além de mais um paciente de fora do Estado. Desse total, são 227 em leitos clínicos e 254 em leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
O que chama atenção e coloca todos em estado de alerta é que parte das pessoas que estão ocupando leitos clínicos não resistem e morrem por agravo da doença.
Segundo Geraldo, quem está em leito clínico pode ter piora na doença e precisar de leito de UTI, e quem está na terapia intensiva pode não resistir e morrer. Isso faz com que o número de mortes suba dia após dia. “As mortes de agora são reflexo de quem adoeceu no feriado, a população não está levando o vírus a sério”, comentou.
Ao todo Mato Grosso do Sul soma 68.325 casos confirmados da COVID-19, onde 60.606 já estão recuperados. Mesmo com indicador positivo de quase 90% de pacientes curados ainda tem 6.441 casos ativos que estão em isolamento domiciliar ou hospitalar. Outras 1278 pessoas morreram da doença.
Os percentuais de ocupação de leitos na macrorregião de Campo Grande está em 78% ocupados, de Dourados 68%, macrorregião de Três Lagoas 41% dos leitos ocupados e macrorregião de Corumbá com 77% de ocupação.
Campo Grande é o epicentro da pandemia no Estado, na frente dos outros 78 municípios, a Capital já tem 30.096 casos confirmados e 578 mortes da doença.
Conforme o último boletim COVID da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) 270 pacientes estão internados sendo 137 em leitos clínicos e 133 em leitos de UTI. Outras 628 pessoas estão em isolamento domiciliar.
(Texto: Dayane Medina)