Ontem (10), o Hospital do Pênfigo recebeu dez novas vagas
Com as taxas de ocupação de leitos hospitalares ascendendo em Mato Grosso do Sul, a SES (Secretaria de Estado de Saúde) pretende abrir mais 98 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) nas próximas semanas em todo o Estado. Após a abertura destes leitos críticos, como também são conhecidos, o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, alertou que “não há profissionais para novos leitos, exceto para esses já programados”. Em Campo Grande, município considerado o epicentro da COVID-19 em Mato Grosso do Sul, foram ativados ontem (10) mais dez leitos de UTI no Hospital Adventista do Pênfigo.
Em 20 dias, foram abertos 82 novos leitos de UTI no Estado, de acordo com a SES. Entre 20 de julho e 10 de agosto, o número de leitos de UTI passou de 269 para 351. Os dados da SES apontam que, somente na Capital, foram 62 novos leitos. Além de Campo Grande, os municípios de Aquidauana, Dourados, Ponta Porã, Corumbá e Aparecida do Taboado também receberam leitos. Entre os novos leitos que devem ser abertos nos próximos dias, conforme o novo mapa de leitos hospitalares aprovado pela CIB (Comissão Intergestora Bipartite) na sexta-feira (7), Campo Grande deve concentrar, pelo menos, 47 deles. Hospitais de Jardim, Naviraí e Paranaíba também devem ser contemplados.
De acordo com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), Campo Grande possui atualmente 291 leitos de terapia intensiva. A secretaria afirma que, nos últimos quatro meses, houve um aumento de mais de 140% na quantidade de leitos de UTI contratualizados em hospitais públicos, privados e filantrópicos. Com isso, o número de leitos saltou de 116 para 226. Entretanto, segundo o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), quando os leitos em hospitais privados são mencionados nos dados da prefeitura, ocorre um equívoco entre os termos. De acordo com o órgão, o leito contratualizado significa habilitado a receber pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) e não, necessariamente, reservado para receber esses pacientes, o que provoca divergências nos índices de leitos disponíveis.
Durante vistorias aos hospitais do município na semana passada, equipes de promotoras de justiça diagnosticaram ainda uma taxa de lotação preocupante das vagas de leitos de UTI nos hospitais públicos, filantrópicos e privados, falta de medicamentos, além da carência de profissionais da saúde, aliados ao cansaço físico e emocional de quem está na linha de frente no combate à pandemia.
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(Texto: Mariana Moreira/Publicado por João Fernandes)