A SES (Secretaria de Estado de Saúde) confirmou ontem (19) o primeiro óbito indígena, chegando a 41 mortes por coronavírus em Mato Grosso do Sul. A vítima era Evaristo Garcete, de 59 anos, da etnia guarani-kaiowa, morador da Reserva Indígena Jaguapiru/Bororó em Dourados. Evaristo tinha diabetes e estava internado desde o dia 7 de junho no Hospital Evangélico. Esta é a terceira morte registrada na cidade em apenas um dia.
O município de Dourados é o atual epicentro de COVID-19 no Estado. Segundo dados do Boletim Epidemiológico do DSEI (Distrito Sanitário Especial Indígena de Mato Grosso do Sul), a reserva indígena de Dourados possui 114 casos confirmados. Conforme a coordenadora do Polo Base de Saúde Indígena em Dourados, enfermeira Indianara Machado Ramires, todos os familiares de Evaristo foram testados. “Nós temos um protocolo aqui na aldeia, de acordo com a SES [Secretaria de Estado de Saúde], que quando tem um caso positivo na casa, nós testamos todos os contatos domiciliares”, ressaltou.
Segundo Ramires, dos familiares de Evaristo testados, três deram positivo para COVID-19. “Após o caso dele ter dado positivo, a família dele foi testada e isso gerou mais três casos positivos. Eles estão em isolamento domiciliar no Cursilho [Espaço cedido pela Diocese de Dourados], e estão prestes a finalizar o isolamento”, pontuou. O Polo Base já constatou 123 casos positivos para coronavírus, sendo que apenas dois pacientes não são indígenas.
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(Texto: Mariana Moreira/Publicado por João Fernandes)