A primeira fase da vacina contra a covid-19 produzida na Rússia foi finalizada. O governo diz que os resultados são positivos, caso os testes continuem mostrando eficientes bons resultados, a produção para imunização poderia começar já em setembro.
O Ministério da Defesa do país diz que os 38 voluntários envolvidos na 1ª fase de testes tiveram resposta imunológica com a vacina. Ainda são necessárias, entretanto, mais duas rodadas de testes: uma está prevista para 28 de julho e a outra, para 14 e 15 de agosto.
O objetivo dos primeiros testes era avaliar a segurança da vacina, o que foi feito com sucesso, afirmou Alexander Lukashev, diretor do Instituto de Parasitologia Médica, Tropical e Doenças Transmitidas por Vetores da Universidade Sechenov, em Moscou, à agência de notícias russa “Sputnik”.
“A segurança da vacina foi confirmada. Corresponde à segurança das vacinas que estão atualmente no mercado”, declarou Lukashev.
Todos os participantes ficaram em isolamento desde que receberam a vacina. O primeiro grupo será liberado na quarta-feira (15) e o segundo, em 20 de julho, segundo Vadim Tarasov, diretor do Instituto de Medicina Translacional e Biotecnologia da Universidade Sechenov.
Alguns participantes tiveram febre e dor de cabeça, mas os sintomas desapareceram em menos de 24 horas, segundo a universidade.
De acordo com a agência de notícias “Sputnik”, os voluntários terão que retornar ao hospital 42 dias depois de receberem a primeira dose para serem examinados e completarem formulários. Eles também serão monitorados pelos próximos 6 meses.
Outra versão da mesma vacina, em forma líquida, está sendo testada em outros 38 voluntários em um hospital militar de Moscou, segundo a Universidade Sechenov.
Globalmente, das 19 vacinas experimentais contra Covid-19 em testes com humanos, só duas estão em testes finais de fase 3 — uma da chinesa Sinopharm e outra da AstraZeneca e da Universidade de Oxford, que tem parte do teste realizada no Brasil. A chinesa Sinovac Biotech deve se tornar a terceira em fase 3 no final deste mês, também com testes no Brasil.
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(Texto: Inez Nazira com informações da G1)