O Instituto Butantan já envasou todo insumo disponível no momento para a fabricação da CoronaVac, vacina contra a covid-19, e está com as máquinas paradas desde o último domingo (17). O instituto aguarda a chegada de mais matéria-prima da China para continuar a produção do imunizante.
Segundo o presidente do instituto, Dimas Covas, a previsão de chegada dos insumos é até o final deste mês. “Nossa previsão de chegada até o fim deste mês é de 5.400 litros. E mais 5.600 litros até o dia 10 de fevereiro. Essa matéria-prima está pronta e aguardando trâmite burocrático”, disse.
Com essa quantidade de produto em mãos, o Butantan afirma que pode produzir até 11 milhões de novas doses da CoronaVac — desde segunda-feira, 6 milhões de doses do imunizante, produzido pelo laboratório chinês Sinovac, foram distribuídos no Brasil. Outros 4,8 milhões estão prontos, aguardando autorização da Anvisa para serem disponibilizadas.
Ainda segundo Covas, há quatro instâncias de órgãos estatais chineses responsáveis por dar o aval à liberação e a autorização para o envio da carga ao Brasil está na última instância.
Entrave sobre insumos
A importação de insumos da China se tornou mais urgente depois que o governo federal fracassou na aquisição das vacinas da AstraZeneca/Oxford, produzidas em laboratório na Índia, fazendo com que a CoronaVac se tornasse o único imunizante disponível para os brasileiros.
Tanto o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), quanto Dimas Covas cobraram celeridade e seriedade do governo de Jair Bolsonaro para ajudar nas tratativas para liberação dos insumos da vacina.
Hoje, após se encontrar com o embaixador da China, Yang Wanming, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que o atraso na exportação do material para Brasil ocorre por razões técnicas, e não políticas.
(Com informações: Uol Notícias)