Em estudo divulgado nesta terça-feira (6) pelo centro de pesquisas Pew Research Center, afirma que a China teve a imagem desvalorizada em vários países desenvolvidos nos últimos anos.
Embora o fenômeno seja observado desde 2005, ainda que de forma inconstante e com alguns desvios, essa perda de reputação se mostrou particularmente drástica em 2020, sobretudo na comparação com 2019.
Os resultados se baseiam em pesquisas feitas em 14 países no período entre 10 de junho e 3 de agosto deste ano e avaliadas pelo instituto americano no âmbito de uma pesquisa global. Foram analisadas três regiões do globo: Europa (Reino Unido, Alemanha, França, Espanha, Itália, Suécia, Holanda, Bélgica e Dinamarca), Ásia-Pacífico (Austrália, Japão e Coreia do Sul) e América (EUA e Canadá).
PICO DE AVALIAÇÃO NEGATIVA EM 2020
Em 9 dos 14 países analisados, as opiniões negativas sobre a China atingiram seu ponto mais alto desde que o instituto passou a recolher dados sobre o assunto, há 15 anos. Somente Japão, Itália e França já haviam apresentado avaliações piores anteriormente. No Japão, por exemplo, isso se deu em 2013, provavelmente devido à tensão provocada pela disputa territorial na época.
Na maioria dos países estudados, o aumento da animosidade em relação à China foi sentido sobretudo na comparação anual de 2019 para 2020.
A maior variação se deu na Austrália, onde 81% dos entrevistados disseram ver a China de maneira desfavorável – um aumento de 24 pontos percentuais desde 2019. Em 2º lugar ficou o Reino Unido (19 pontos de variação), com cerca de 75% dos entrevistados vendo a China de maneira negativa, seguido de Suécia, Países Baixos, Alemanha (cada um com 15 pontos percentuais a mais do que no ano anterior).
Já nos Estados Unidos, as opiniões negativas em torno da China cresceram quase 20 pontos percentuais nos últimos quatro anos – 13 só de um ano para cá.
O desgaste da opinião pública também foi considerável na Coreia do Sul, onde 75% dos entrevistados se manifestaram de maneira negativa em relação à China, em comparação com 63% em 2019. Na Bélgica e na Dinamarca não é possível analisar uma tendência, pois ambas foram incluídas na pesquisa em 2020.
*Com informações da Agência Brasil
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