Paciente internada é a 1ª a ser atendida no ambulatório pós-COVID

“Eu nasci de novo. No terceiro dia de internação, já entubada, os médicos avisaram minha família que se não houvesse nenhuma reação que iriam desligar os aparelhos”, este é o depoimento da primeira paciente a ser atendida no ambulatório criado para pacientes pós-COVID. Solange Maria Cácere, 55 anos, foi infectada pelo novo coronavírus no fim de junho e ficou 30 dias internada. Deste, 25 foram na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo).

Conforme a supervisora do setor de fisioterapia do CER/APAE (Centro Especializado em Reabilitação e Oficina Ortopédica da da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), a fisioterapeuta Sarita Baltuilhe, 40 anos, Solange está muito comprometida.

Diante do tempo de internação, além da disfunção cardiopulmonar, a paciente pós-COVID está com deficit funcional, que é fraqueza e debilidade motora. “Ela teve um tempo de internação alto, então a gente não vai só trabalhar essa reabilitação da reexpansão cardiopulmonar, nós teremos que colocar ela também para realizar a reabilitação física, ela está com fraqueza tanto nos membros superior, quanto no inferior”, explicou.

Segundo Solange, os sintomas começaram no dia 27 de junho. No outro dia, um sábado, ela já teve que ser internada. A paciente passou por três unidades de saúde. “Achei que fosse apenas uma gripe, fui até trabalhar normalmente. Mas quando foi no fim do dia eu já não estava tão bem, só queria ficar deitada. No sábado já corri para o médico. Fui para o posto do bairro Tiradentes e de lá encaminhada para o Hospital Regional. Somente depois de apresentar uma melhora, que fui transferida para o hospital do Pênfigo”, assegurou.

Desde que receber alta Solange está sendo acompanhada por uma equipe médica do posto de saúde da Vila Carlota, que vai uma vez por semana na sua casa. “Foi através deste acompanhamento que eu consegui ser encaminhada para o ambulatório. Eu ainda não estou conseguindo andar, os movimentos dos braços eu recuperei tem pouco tempo, mas não está como antes da COVID. Minha musculatura está muito fraca”, afirmou. Acesse a reportagem completa.

(Texto: Rafaela Alves)

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