Mais um laboratório pretende testar a vacina contra a COVID-19 em Mato Grosso do Sul. A informação é do secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende. Anteriormente, a Jansseg-Cilag e Coronavac já haviam demonstrado interesse em fazer os testes no Estado. Com os dois primeiros laboratórios, a expectativa é imunizar três mil profissionais da saúde e da segurança pública.
De acordo com Resende, se der certo essa terceira vacina, os imunizados continuarão sendo dos dois grupos já escolhidos. “Não dá para ficar mudando o grupo de imunizados, iremos só aumentar o número de selecionados. Mas, ainda estamos em negociação com esse terceiro laboratório, verificando se tem condições de fazer também a testagem em Mato Grosso do Sul”, ressaltou.
Os pesquisadores da Jansseg-Cilag e Coronavac estarão em Campo Grande na próxima semana para que as parcerias sejam fechadas. “Nos dias 29 e 30 deste mês, eles vão estar aqui para que possamos finalizar a parceria, verificar se preenchemos todos os requisitos e começar a testar ainda em outubro”, assegurou o secretário.
As duas vacinas estão na terceira fase de testes. A vacina chinesa, Coronavac, é desenvolvida em parceria com o Instituto Butantan. A outra, do laboratório belga Janssen-Cilag, pertencente ao grupo Johnson & Johnson.
Imunização
Com as duas vacinas, ao todo, serão imunizados 3 mil profissionais da saúde e da segurança pública. Um dos requisitos para ser um dos selecionados é não ter sido contaminado anteriormente pelo novo coronavírus.
Segundo o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, o profissional terá que manifestar o desejo em receber a dose da vacina. “Eles serão acompanhados por um ano e por isso devem manifestar se querem ou não tomar a vacina”, explica.
No Brasil
No Brasil estão sendo testadas quatro vacinas em voluntários: a de Oxford, desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca; a da China, do laboratório Sinovac, que tem parceria com o Instituto Butantã; a vacina Pfizer de Mainz, na Alemanha, e a Janssen-Cilag, a mais recente com testes aprovados no Brasil, produzida pela divisão farmacêutica da Johnson&Johnson.
A OMS (Organização Mundial de Saúde) considera a vacina de Oxford como um dos projetos mais promissores, uma das mais avançadas em termos de teste clínicos. Essa vacina teve uma pausa nos testes devido a uma suspeita reação adversa séria em um participante dos testes conduzidos no Reino Unido.
O governo de São Paulo já adquiriu 46 milhões de doses da vacina Coronavac. O montante deve ser importados até dezembro. As primeiras 5 milhões de doses, conforme o site G1, devem ser entregues ainda em outubro. A expectativa é que a vacinação tenha início em janeiro de 2021.