Na mesma reunião, diretores da OMS afirmaram que o Brasil está na segunda onda da pandemia do novo coronavírus
Em entrevista coletiva virtual nesta sexta-feira (8), o diretor geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, afirmou a necessidade de assegurar uma distribuição equitativa das vacinas no mundo. O líder disse ainda, que já foram garantidas no âmbito do consórcio internacional Covax Facility dois bilhões de doses, cujo encaminhamento a países depende agora do envio pelos fabricantes.
Mas alertou para o fato da oferta de vacinas ser bastante diferentes entre os países. Ele lembrou que dos 42 países que já iniciaram a vacinação 36 são ricos e seis de média renda. Acordos bilaterais têm levado ao aumento do preço das vacinas e dificultado o acesso por nações mais pobres.
“Eu apelo a países que adquiriram mais vacinas do que precisam e estão controlando a cadeia global de oferta que doem para o consórcio Covax. E apelo a países e fabricantes que parem de fazer acordos bilaterais às expensas da Covax. O tempo de distribuir as vacinas equitativamente é agora”, sublinhou.
Segunda Onda
Na mesma reunião, diretores da OMS afirmaram que o Brasil está na segunda onda da pandemia do novo coronavírus. Eles destacaram a importância do anúncio do Instituto Butantan na quinta-feira (7) e pontuaram que o crescimento de novos casos está ocorrendo de forma distinta em diferentes partes do país.
O diretor executivo da organização, Michael Ryan, disse que o Brasil passa por um processo semelhante a outros países em relação à retomada do crescimento de casos e mortes nesta virada de ano.
“O Brasil está na mesma situação que vários outros países estão, lidando com uma segunda onda. Estamos lutando contra este vírus em diferentes países e de diferentes formas”, assinalou Ryan, em resposta a uma pergunta de um jornalista.