Além da hidroxicloroquina, ivermectina foi recomendada para prevenção
A Prefeitura de Campo Grande vai decidir se acata ou não sugestão feita por um grupo de 250 médicos da cidade para que, além da cloroquina, se inclua ivermectina e até um grupo de antibióticos no protocolo de remédios a serem usados para tratamento precoce do coronavírus na cidade. Usado para tratamento de infestações por parasitas, a ivermectina é geralmente indicada para combate ao piolho.
Além de sua versão em 6 mg, documento detalhado pelo grupo médico e que seria entregue ontem (2) ao Poder Municipal também lista para uso a hidroxicloroquina 400 mg ou cloroquina 250 mg, já conhecidas após serem recomendadas até pelo presidente Jair Bolsonaro, e os antibióticos azitromicina ou claritromicina, ambas na versão de 500 mg.
O protocolo foi definido na tarde de quarta-feira (1º) em reunião dos médicos com o prefeito Marquinhos Trad e o secretário Municipal da Saúde, José Mauro Filho. Ao O Estado, a gestão municipal diz que ainda avalia a situação. Todos os profissionais alegam que já usaram as medicações apresentadas para tratamento de pacientes com COVID-19.
“São médicos de todos os hospitais públicos e privados, das mais diversas especialidades, com um pensamento único: salvar vidas”, disse o toxicologista Sandro Benites, coordenador do Civitox (Centro Integrado de Vigilância Toxicológica) e principal nome do grupo de médicos. “O prefeito é de acordo com o tratamento precoce, agora vamos só aguardar a questão da burocracia. Ainda este mês de julho vamos ter a medicação disponível”, completou.
Por nota, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) ressaltou que está analisando a sugestão. “Na verdade a reunião foi para ouvir um grupo de médicos que sugeriram a utilização de um protocolo de tratamento profilático adotado em outros estados para o COVID-19 em sua fase inicial. Inicialmente está sendo avaliada a viabilidade de implantação desse protocolo, uma vez que é necessário fazer a aquisição dos medicamentos sugeridos que posteriormente serão fornecidos à população e, momentaneamente, não dá pra mensurar um prazo para que esteja em vigor”, diz nota enviada à reportagem.
O objetivo de Benites e seu grupo é usar os medicamentos para tratar pessoas sem sintomas que tiveram contato com casos confirmados e pacientes com coronavírus em estágio inicial. Ou seja, o foco é quem está nos primeiros dias de contaminação. Com isso, esperam reduzir o avanço e a mortalidade da doença. Campo Grande teve só ontem 121 novos casos confirmados, chegando a 2.612 ocorrências desde o início da pandemia.
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(Texto: Rafael Ribeiro/Publicado por João Fernandes)