Durante a pandemia, mais de seis mil famílias brasileiras foram despejadas de casa. Cerca de 40 entidades que fazem parte da Campanha Despejo Zero fez o mapeamento de dados sobre despejos e remoções no território nacional.
O levantamento foi feito a partir de informações recolhidas pelas instituições que formam a campanha, entre 1º de março e 31 de agosto, por meio de denúncias, formulários online e banco de dados do Observatório das Remoções e defensorias públicas.
Foram identificados mais de 30 casos de despejo durante o período analisado, atingindo 6.373 famílias.
O Amazonas concentrou 47% dos casos, com 3 mil despejos. São Paulo também teve grande número de famílias removidas de casa: foram 1.681 despejos, o equivalente a 26% do total de casos. Também foram constatadas remoções em Minas Gerais, Pernambuco, Sergipe e Roraima, no Paraná, em Santa Catarina, no Maranhão e Rio Grande do Norte, em Goiás, no Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
O mapeamento revelou que a principal justificativa para os despejos foram as reintegrações de posse, conflitos com proprietários e impacto devido a obras públicas.
O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) informou que tem desenvolvido ações para proteção e garantia de direitos. “Estamos trabalhando no desenvolvimento do programa Moradia Primeiro, que consiste em uma proposta para as políticas de habitação, trabalho, assistência social e saúde”, diz a pasta.
(Com informações da Agência Brasil)
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