Das 7.826 mortes por Covid-19 em Mato Grosso do Sul, 1.605 perderam a vida sem apresentar nenhuma comorbidade. Esse número representa 21,1% dos mortos pela doença no Estado.
Conforme os dados divulgados pela SES (Secretaria Estadual de Saúde), este público representava 15% das mortes em janeiro deste ano, chegou a 17% em maio e agora a 21% em junho. Isto reflete nas internações nos hospitais e unidades de saúde, que tem mais jovens precisando de atendimento e leitos de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo).
Este levantamento também mostra que pacientes com uma comorbidade representam 31,6% das mortes no Estado, com duas (comorbidade) 27,5%, aqueles que apresentavam três 14,4%, com quatro 4,6%, pacientes com cinco 0,7% e aqueles com até seis 0,1%.
As autoridades alertaram que desde a chegada das novas variantes da covid-19 houve uma mudança no perfil da doença no Estado e em todo Brasil, que no ano passado tinham caso mais graves com pessoas idosas ou com comorbidade. Por isto a necessidade de seguir as medidas de prevenção.
Perfil óbitos
Já em relação às mortes de pacientes com comorbidades, a doença cardiovascular continua na frente, representando 42,8% dos casos, seguido pela diabetes (32,7%), hipertensão arterial sistêmica (29,3%), obesidade (17,1%), doença respiratória (10,3%), doença renal crônica (7,1%), imunodeficiência/imunodepressão (6,6%), doença neurológica crônica (5,9%), doença hepática crônica (1,3) e síndrome de down (0,3%).
A faixa etária com mais mortes é entre 60 a 69 anos, sendo 24% dos óbitos do Estado, logo depois aparece de 70 a 79 anos (22,7%), em seguida a população de 50 a 59 anos (18,7%), que está a frente daqueles com mais de 80 anos (17,6%).
As mortes entre 40 a 49 anos já são 10,8%, seguido depois por 30 a 39 anos (4,9%), de 20 a 29 anos (1,2%). Já a taxa de letalidade que tem a média de 2,4% no Estado, em algumas faixas etárias ela é maior: 3,2% (50 a 59), 7,4% (60 a 69), 15,4% (70 a 79) e 26,4% para igual ou maiores de 80 anos.
Para tentar reduzir os casos e mortes em Mato Grosso do Sul, o governo do Estado adotou uma série de medidas, como investimentos para ampliar o número de leitos, decretos com restrições seguindo as regras do programa “Prosseguir”, assim como celeridade na distribuição e aplicação das vacinas, liderando o ranking nacional.