Ao passar a funcionar 24 horas por dia, o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) do Distrito Federal (DF) conseguiu reduzir, de 72 para 24 horas, o tempo médio para apresentação do resultado dos exames do novo coronavírus (Covid-19). Dessa forma, segundo o Governo do Distrito Federal (GDF), foi possível zerar a fila de espera para os diagnósticos da doença no laboratório.
De acordo com a Secretaria de Saúde do DF, o Lacen tem feito cerca de 350 exames por dia, mas a capacidade pode chegar a 1 mil, caso os equipamentos já disponibilizados pela Universidade de Brasília sejam utilizados.
O laboratório recebeu hoje (7) uma visita técnica do secretário de Saúde, Francisco Araújo, e do subsecretário de Vigilância à Saúde, Eduardo Hage. Eles foram informados, pelo diretor do Lacen, Jorge Chamon, que há 60 profissionais se dedicando a ponto de alguns optarem por dormir por lá mesmo, nos beliches e camas disponibilizados com o objetivo de garantir o funcionamento durante todo o dia.
Ainda na visita, Francisco Araújo manifestou discordância, com relação a declaração feita na semana passada pelo Ministério da Saúde, sobre o risco de aceleração descontrolada do número de doentes, previsto para as próximas semanas no DF e nos estados do Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro e Amazonas.
“Discordamos veementemente da posição do Ministério, de colocar essa situação que nem existe na literatura, de aceleração descontrolada. Todo o esforço que estamos fazendo é de controle da situação”, disse ele ao lembrar que o GDF vai adquirir 300 mil testes rápidos.
Hage acrescentou que os testes rápidos são baseados em reação imunológica e demoram até 30 minutos para ficarem prontos, enquanto os feitos pelo Lacen, de biologia molecular, são mais complexos e dispendiosos.
De acordo com o GDF, a expectativa é de que os processos para aquisição dos testes rápidos sejam finalizados até a próxima semana, para então serem distribuídos a toda a rede pública de saúde.
(Texto: Agência Brasil)