Profissionais da saúde passam por treinamento para manusear extrator
Cerca de 15 técnicos do Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública) passam por treinamento para utilizar os novos equipamentos, que analisam amostras da COVID-19. A capacidade de testagem passa para até 1,8 mil testes do tipo RT-PCR, quase o dobro das 700 realizadas atualmente. Os trabalhos devem ter início na segunda quinzena de setembro.
Os novos extratores foram adquiridos um pelo Governo do Estado e outro encaminhado pelo Ministério Público. De acordo com o diretor-geral do Lacen Luiz Henrique Ferraz Demarchi, o treinamento das equipes, que serão habilitadas a realizarem os testes, se encerram hoje (11).
Para que haja a ativação dos equipamentos é preciso que os kits para realização dos testes sejam entregues. A especialista encaminhada pelo Ministério da Saúde trouxe apenas um para realizar o treinamento.
“Nós estamos dependendo da entrega dos kits para que se inicie o atendimento. As máquinas estão instaladas, mas ainda estamos aguardando. O despacho dos kits encaminhados pelo Ministério da Saúde já foi feito, portanto, nós devemos recebe-los na próxima semana e o mesmo deve ocorrer com o material do Estado”, enfatizou.
A cada 2 horas, cada máquina tem a capacidade de analisar 96 amostras. O diretor do laboratório central destaca que as equipes que tem trabalhado em horário de plantão e sistema de escala, para que mantenham a identificação de novos casos por 24h. Com os aparelhos e com as extrações manuais, a cada duas horas serão 216 amostras resultados.
Além de reduzir o tempo de entrega, que hoje é feito em até 72 horas, o Estado pode conquistar a autossuficiência na testagem. Atualmente, cerca são encaminhados entre 200 a 600 amostras diárias para serem analisados no laboratório Dasa, em São Paulo.
Demarchi ressalta que, além dos novos equipamentos, o laboratório central recebe dois termos secadores, totalizando seis unidades no local. Desses, três foram fornecidos através de uma parceria, mas devem ser devolvidos quando a demanda for normalizada.
Com a aquisição dos novos aparelhos extratores, o Lacen volta a ter um equipamento exclusivo para análise de doenças como HIV, hepatite e AIDS.
“Com a chegada da pandemia da COVID, foi feita a liberação do sistema, para que pudessem identificar a doença. Com a chegada dessas outras duas máquinas, essa terceira volta para sua função original, mas, no total, nós temos três aparelhos extratores no laboratório”, frisou.
Após a pandemia, os equipamentos irão auxiliar o laboratório central no enfrentamento de outras epidemias, tais como a dengue.
Valores por testagem
O Ministério da Saúde e o Governo do Estado investiram cerca de R$ 589 mil na compra dos equipamentos extratores. Demarchi aponta que cada kit realiza até 250 testes. Isolados, cada teste automatizado custa em média R$ 36, enquanto os que são extraídos de forma manual, R$ 14. Com 216 testes realizados a cada 2 h, são investidos R$ 8,6 mil.
(Texto: Amanda Amorim e Dayane Medina)