Nesta terça-feira (26), a Agência Italiana de Remédios (Aifa) suspendeu a autorização do uso da hidroxicloroquina no tratamento de pacientes com o novo coronavírus. A droga só poderá ser usada no âmbito de estudos clínicos conduzidos em hospitais ou em domicílio.
Segundo a Aifa, a medida foi tomada por conta das novas evidências clínicas sobre a utilização da hidroxicloroquina, incluindo um aumento do risco de reações adversas ante “benefícios escassos ou ausentes”, e que os medicamentos experimentais indicados são monitorados constantemente.
“Em particular, a hidroxicloroquina, como há falta de indicação terapêutica específica para a Covid-19, foi tornada disponível [para tratamento] levando em conta evidências científicas preliminares em pacientes Covid- 19 e perante um perfil de toxicidade que parecia consolidado no usos clínicos já autorizados para o tratamento crônico das doenças reumáticas. A posição da Agência foi portanto aquela de testar o uso, com dosagem e tempo indicado nos protocolos, no contexto de uma acurada avaliação da relação risco/benefícios nos casos”, diz a nota oficial.
O anúncio vem poucas horas depois de uma decisão similar tomada pela França. Ambas têm como base um estudo divulgado na última sexta-feira (22), com 96 mil pacientes, que mostrou que o uso da hidroxicloroquina e da cloroquina, além de não ajudar na cura da doença, aumentava o risco de morte e de arritmias cardíacas graves.
(Texto: Inez Nazira com informações da IstoÉ)