Mato Grosso do Sul vive um cenário de preocupação em relação ao novo coronavírus: a cada semana, os números de confirmados, internados e mortos aumentam enquanto a adesão ao isolamento social continua caindo. De acordo com os dados da SES (Secretaria de Estado de Saúde), o feriado prolongado de Corpus Christi foi movimentado na maior parte do Estado, havendo dia em que a taxa de isolamento, que teria de alcançar 70% para ser o ideal, ficou em 35%.
O mais recente boletim do Estado, divulgado ontem (15), mostra que são 3.551 casos confirmados com 80 internados e 33 mortes. Dos internados, três pacientes são de outros estados, 47 estão em leitos de clínicos e 36 em leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
Conforme o mapeamento da secretaria, na quarta-feira (10), a adesão ao isolamento foi de 36,1%. Na quinta-feira (11), feriado de Corpus Christi, chegou a 41,8%, mas na sexta-feira (12), caiu para 35,3%. No sábado (13), a taxa foi de 39,3% e no domingo (14) foi de 45,9%. As duas cidades com maior número de casos, Dourados e Campo Grande, registraram no domingo 50% e 45,2%, respectivamente. A Capital tem 720 infectados enquanto Dourados continua no topo do ranking de casos, com 1.197.
A coletiva da SES trouxe ainda o registro de duas mortes: uma em Dourados e outra em Deodápolis. Ambas as vítimas eram homens, com 81 e 67 anos e tinham histórico de comorbidades. Até o momento, são 1.907 recuperados.
A situação preocupa as autoridades de saúde, já que o distanciamento é a única forma eficaz de retardar a disseminação do coronavírus. Durante a transmissão on-line do boletim da COVID-19, o secretário Geraldo Resende falou sobre o número de internados no Estado, chamando a atenção para Dourados, citando que são 38 em Dourados e 38 na Capital.
“Só que Campo Grande é quatro vezes maior que Dourados”, lembrou Resende. Outro ponto ressaltado foi o número de profissionais da saúde que estão internados com o vírus. “Temos muitas pessoas da saúde internadas. Me repassam que há cinco médicos internados em Dourados com positivo para COVID e isso me chama muito a atenção, mostra que a gente tem de ter uma atuação muito rápida em Dourados”, disse.
(Confira mais na página A5 da versão digital do Jornal O Estado)
