Infecção em ônibus é menor do que em lares com 5 pessoas

Um estudo produzido na cidade de São Paulo aponta que aqueles que moram com mais de cinco membros na família correm mais risco de se contaminar com o novo coronavírus do que pessoas que usam o transporte coletivo. O material desenvolvido na USP (Universidade de São Paulo) em parceria com a prefeitura do município, está na quarta fase da pesquisa. Os resultados apontam que enquanto o transporte público tem registrado uma redução na presença de casos positivos, os números de infectados continuam aumentando em residências com vários moradores.

Nesta última fase, o estudo analisou mais de 3,2 mil casas familiares e coletou dados de 472 UBS (Unidade Básica de Saúde). De acordo com a análise, o município possui um índice de prevalência de 11%, cerca de 1,3 milhão dos 12 milhões de moradores. Diferente dos estudos anteriores, houve uma redução no índice de infectados do transporte coletivo de 10,3%, que está abaixo da média da cidade. Enquanto isso, as famílias que possuem mais de cinco membros no mesmo lar continuam em uma média crescente, com índice de prevalência na marca dos 16%.

Realidade em Campo Grande

Em Campo Grande, o município tem tomado medidas para controlar o fluxo de pessoas que utilizam o transporte coletivo ao mesmo tempo. Atualmente, o número de pessoas que viajam em pé está reduzido e medidas informativas estão sendo realizadas. Para o presidente do Consórcio Guaicurus, João Rezende, a pesquisa mostra que a realidade no transporte coletivo é semelhante a outros ambientes, mas a ventilação, ligada ao comportamento da população, define uma mudança na possibilidade de contaminação. “Hoje, a população tem retomado a confiança no transporte coletivo. O fato de estar em um ambiente com outras pessoas acaba gerando um cuidado redobrado enquanto em casa pode haver uma falsa sensação de segurança”, destacou.

Segundo Rezende, os terminais seguem fazendo a testagem dos passageiros e do total avaliado, apenas 1% apresenta alteração na temperatura. “Nós temos esse cuidado, mas o número de pessoas com alteração é muito baixo. O Consórcio tem tomado todas as medidas, a renovação de ar dos coletivos é constante com todas as janelas abertas, o que gera uma maior segurança durante a viagem”, finalizou.

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