Diretor defende que o HRMS tem em termos de leitos e corpo clínico, o equivalente a ‘dois, três hospitais’ da cidade
O médico oftalmologista com doutorado e ex-vereador de Campo Grande, Dr. Lívio Leite, é o novo diretor do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul). Ele assumiu o cargo depois da então diretora Dra. Rosana Leite ser nomeada como secretária nacional de enfrentamento à COVID-19, do Ministério da Saúde. O novo diretor avalia que o hospital está passando pela segundo momento mais crítico da pandemia. Isso porque desde o dia 8 de março os leitos de UTI estão 100% ocupados.
Entretanto, o médico afirmou que a tragédia poderia ser muito pior caso o hospital não fosse transformado em referência para o tratamento da COVID. “Não existe hospital igual ao HRMS, é importante a gente frisar esse aspecto. O que nós temos de leitos hoje aqui, e o corpo de assistência equivale muitas vezes a dois, três hospitais da nossa cidade. O HRMS abraçou o povo sul-mato-grossense como nenhum outro do país”, assegurou.
Além da superlotação, o Dr. Lívio também está focado em conseguir antibióticos para o hospital. Segundo ele, o HRMS tem estoque desses medicamentos para mais 20 dias. “Já entremos em contato com o Consórcio Brasil Central, porque essa é uma possibilidade que a gente deslumbra e também enviamos ofícios também para o secretário estadual, para que ele possa ligar, inclusive para outros estados e verificar os estoque que eles têm para que possamos comprar ou emprestar até que conseguimos adquirir esses medicamentos”, disse.
O Estado: Assumir a direção do maior Hospital de MS, talvez do Centro-Oeste, neste período pandemia, qual é o tamanho do desafio?
Dr Lívio: O desafio é enorme em função, justamente, da ousadia, da coragem de transformar o HRMS em um hospital só para atendimento dos pacientes COVID, na sua grande maioria. Acredito que essa foi uma decisão de muita coragem e de ousadia do secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, e do governador Renaldo Azambuja. É claro que estamos vivendo, hoje, o período mais crítico do hospital, acho que tivemos dois períodos bastante complicados que foram o início, até tomar essa decisão de voltar toda a quantidade de leitos que o hospital precisava atender, de uma doença que não se conhecia a forma e nem como ela ia abarcar o Estado. E esse momento, que é crítico, porque nós já estamos vivendo há um ano essa pandemia por todas as consequências que estamos vendo no mundo inteiro, especificamente, no Brasil e a gente está atualmente com uma superlotação. O hospital está trabalhando com 100% dos leitos ocupados desde o dia 8 de março desse ano, então já é bastante tempo.
Para acessar a entrevista completa, acesse a versão digital do jornal O Estado MS
(Texto: Rafaela Alves)